
- A ficha ainda está caindo. Sei que isso é muito positivo para mim e para o judô brasileiro. Mas eu ainda não pude ter noção de tudo isso - disse Ketleyn em entrevista à Rede Globo.
Ao lado da lutadora, a técnica da equipe feminina do Brasil, Rosicléia Campos, vibrava com o feito inédito.
- A gente fez história! - gritava Rosicléia.
O feito de Leandro Guilheiro não é menos especial. Afinal, Leandro chega em Pequim ao seu segundo pódio olímpico, igualando o número de medalhas de Aurélio Miguel (ouro em Seul (1988) e bronze em Atlanta (1996)) em Olimpíadas. Na decisão do masculino, Guilheiro fez uma luta relâmpago, derrubando o iraniano Ali Malomat em 23s, e conseguindo o ippon, pontuação máxima do esporte. O bronze de Ketleyn chegou um pouco antes, com a vitória da brasiliense sobre a australiana Maria Pekli, com um ippon no golden score, após ter empatado com uma punição para cada lado nos cinco minutos de luta.
CONHEÇA A CAMINHADA DE LEANDRO AO BRONZE EM FOTOS
A caminhada para os feitos históricos
0 anos passou pela atual vice-campeã asiática, a sul-coreana Sin-Young Kang. Do outro lado, Guilheiro tinha uma estréia que parecia mais tranqüila, contra o argentino Mariano Bertolotti. Entretanto, a punição sofrida no início fez com que Leandro tivesse que correr atrás do placar. A técnica, aliada com o uso correto da regra, fez Leandro Guilheiro forçar o adversário a sofrer seguidas punições, garantindo a virada e a vitória na estréia.O destino, porém, foi diferente para os dois medalhistas de bronze na segunda luta do dia. Ketleyn mostrou que não se intimida com títulos e encarou de igual para igual a medalhista de bronze em Atenas, a holandesa Deborah Gravenstijn. Entretanto, a experiência da adversária contou e a brasiliense foi surpreendida com um contra-golpe, sofrendo o koka que lhe tiraria da caminhada pelo ouro. No masculino, Leandro aplicava o primeiro ippon brasileiro em Pequim, derrubando o sul-africano Marlon August.
Enquanto Ketleyn torcia por sua adversária para ir à repescagem, o que aconteceria mais tarde com a vitória de Deborah sobre a espanhola Isabel Fernandez, Leandro via o sonho do ouro ser adiado, ao perder no golden score para o atual campeão mundial, o coreano Kichun Wang. Com Wang na semifinal, Guilheiro tinha a tranqüilidade de saber que o bronze ainda era possível.
Faltavam então duas lutas para o pódio. E Ketleyn Quadros garantiu com um ippon sobre a japonesa Aika Saito a que já era a melhor participação de uma judoca brasileira na história das Olimpíadas. No masculino, Leandro Guilheiro seguia sua seqüência de ippons, conseguindo o terceiro, desta vez sobre o ucraniano Gennadii Bilodid na final da repescagem.
Na disputa do bronze, a tensão ficou do lado apenas da torcida brasileira. Dentro do tatame, os judocas mostravam muita concentração e tranqüilidade para despachar seus adversários. Primeiro foi a novata Ketleyn, que com um ippon, o seu segundo em Pequim, derrotava a australiana Maria Pekli e garantia a medalha inédita. Depois veio Leandro para coroar o dia, com um ippon relâmpago aos 23s de luta sobre o iraniano Ali Malomat.














Nenhum comentário:
Postar um comentário