quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dólar recua e fecha abaixo de R$ 1,60 pela 1ª vez em mais de nove anos



Moeda americana fechou a R$ 1,591, com baixa de 0,75%.
Cotação é a menor desde 20 de janeiro de 1999, mês de forte desvalorização do real.

O dólar fechou abaixo da marca de R$ 1,60 nesta quarta-feira, terminando o pregão cotado a R$ 1,591, com baixa de 0,75%. A moeda perdeu a "marca psicológica" de R$ 1,60 depois da divulgação da decisão do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), que manteve as taxas de juros dos EUA em 2% ao ano.

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Novamente, o valor é o mais baixo desde janeiro de 1999, quando o câmbio sofreu forte desvalorização por conta da decisão do Banco Central (BC) de abandonar a paridade de "um para um" entre o real e a moeda norte-americana. Em 20 de janeiro de 1999, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,59.

Reinaldo Bonfim, diretor da Pioneer Corretora, diz acreditar que a tendência do dólar continua sendo de queda. "Na casa de R$ 1,50 já estamos, agora resta saber qual é o piso. Se é que isso tem piso."

Queda de 10% no ano
O câmbio entre dólar e real acumula baixa de mais de 10% neste ano. Durante o dia, o dólar operou acima do piso de R$ 1,60, mas na última hora de negócios a marca foi rompida.

Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, a expectativa maior era "romper o psicológico de 1,60 real". Após o anúncio do banco central dos EUA, a moeda cedeu ainda mais.

Segundo Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez, o fato do Fed demonstrar preocupação com a inflação dá mais tranquilidade para o investidor aplicar o seu capital em países emergentes.

"O Fed veio exatamente do jeito que o mercado queria, dando peso à inflação", afirmou o economista. "Como em tese você diminui o potencial de uma estagflação, a lógica é que o Fed não vai perder o controle. Quanto mais estável, menor a aversão a risco", ressaltou.

No meio do pregão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista e definiu a taxa de corte a R$ 1,60.



Homem diz que oficial de Justiça encomendou o próprio assassinato



O homem foi preso, confessou o crime e contou ter sido amante da vítima. Ele teria recebido US$ 1,6 mil da oficial de Justiça

Segundo a Polícia Civil do DF, o homem que confessou ter matado a oficial de Justiça Diana Ribeiro Soares disse que era namorado da vítima e que ela teria pagado para ser morta.

O relacionamento entre eles teria durado três anos e ela teria desembolsado US$ 1,6 mil (cerca de R$ 2,8 mil) para ser assassinada.


Veja o site do DFTV

O homem já cumpria pena em regime aberto e passou a noite na Delegacia do Recanto das Emas, cidade do Distrito Federal. Ele disse ainda que Diana sofria de depressão. O detido apresentou à polícia fotografias da oficial que ele disse guardar em casa. No fim da tarde desta terça-feira (24), depois de preso, o homem explicou à polícia que os dois passaram a noite juntos e que matou Diana no sábado de manhã (21), em um matagal no município goiano de Padre Bernardo, na divisa do DF com Goiás. O carro dela, com os documentos e a bolsa, ele abandonou em um outro matagal, perto de Santa Maria (DF) e ateou fogo. A Polícia Civil chegou até Francisco por meio de uma denúncia anônima. Os agentes encontraram o mecânico no trabalho dele e de lá seguiram até Padre Bernardo, onde o corpo de Diana foi encontrado. Ela levou dois tiros, um na testa e outro na nuca. A arma usada no crime, um revólver calibre 38, foi encontrada em uma oficina no Recanto das Emas. Diana Ribeiro Soares tinha 43 anos e trabalhava na Justiça Federal. Ela desapareceu na última sexta-feira (20). O veículo chegou a ser periciado na manhã de terça-feira (24), pela Polícia Federal. O corpo de Diana foi liberado nesta manhã (25), pelo Instituto Médico Legal (IML). O delegado do Recanto das Emas começa a ouvir as testemunhas no início da tarde e quer saber se a servidora pública realmente tinha problemas psicológicos. “A polícia não acredita somente na versão de uma parte. Então, não está descartada a hipótese de latrocínio, que é matar para roubar”, afirmou o delegado Yury Fernandes. O carro da oficial de Justiça, que estava na Polícia Federal, vai ser levado para perícia na Delegacia do Recanto das Emas.

Jovem com paralisia se forma em Jornalismo



Eduardo Purper é um brasileiro vitorioso e especial que conseguiu realizar o sonho de terminar sua monografia em uma universidade de Porto Alegre e se tornar um jornalista

A repórter Luciana Kraemer apresenta um brasileiro vitorioso e especial chamado Eduardo Purper. É um dia de muita ansiedade para o estudante Eduardo Purper. Não que ele não esteja acostumado a enfrentar desafios. Por causa da paralisia cerebral, o jovem quase não enxerga, não caminha e não escreve. Mesmo assim, já está no sexto semestre de jornalismo em uma universidade de Porto Alegre. “Qualquer coisa que a gente fala em sala de aula, ele responde com muita qualidade”, conta o Léo Nunez, professor de Eduardo. As limitações são apenas físicas e compensadas por uma memória que impressiona. “Eu até não entendo como eu consigo gravar as coisas na cabeça. Acho que foi de ter sempre trabalhado, desde pequeno”, afirmou Eduardo. Sem poder fazer anotações, ele aprende apenas com o que ouve na sala de aula. E foi assim que o estudante de 22 anos conseguiu concluir uma das etapas mais importantes do curso: a monografia. Eduardo fez a defesa do trabalho como qualquer estudante universitário, diante de uma banca. A diferença foi o processo de produção: nenhum capítulo foi escrito. No lugar do texto, 80 minutos de gravação. O trabalho sobre futebol foi registrado em um gravador e entregue aos professores. A maior ajuda veio do pai, que leu mais de 100 livros para o filho. “Eu fazia a leitura de livro para ele e depois ia marcando a parte que chamava a atenção dele. A gente grifava o que ele tinha gravado e, depois, era por conta dele”, disse Ricardo Purper, pai de Eduardo. Esforço recompensado. A sua nota é 9.5. “Perseverança, humildade, força e sempre um passo adiante, isso é o Eduardo para nós”, afirmou a mãe de Eduardo, Marli Tomáz. A monografia foi mais um desafio superado pelo futuro jornalista cheio de planos. “As pessoas devem enfrentar as dificuldades, sejam quais forem. E sempre acreditar no que vem por aí. O que eu puder fazer para realizar o meu sonho, eu vou fazer”, declarou Eduardo.

Força-tarefa inicia combate contra gasolina adulterada em SP

Uma força-tarefa recomeçou nesta terça-feira (24) o combate à adulteração de gasolina em São Paulo. Fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Prefeitura e da Polícia Fazendária interditaram seis postos. Veja site do Jornal Nacional

E os repórteres do Jornal Nacional revelam um lugar onde um em cada dois postos vende combustível fora dos padrões. Em nenhuma outra cidade da Grande São Paulo os testes indicam tamanha fraude quanto em Guarulhos.

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Dos 400 postos do município, 200 vendem gasolina batizada, segundo levantamento do sindicato que representa o setor. Em uma das principais avenidas da cidade, a competição para ver qual deles é mais eficiente na fraude.
A reportagem do Jornal Nacional levou a amostra do posto da Avenida Guarulhos, 2083, para o técnico em combustíveis do sindicato dos donos de postos. Resultado: a mistura tem solventes e 46% de álcool, quando o máximo permitido é 26%. E quem consegue achar o dono do posto?

Já o teste dos posto Redenção, também na Avenida Guarulhos, 2316, a gasolina tem 46% de álcool e está contaminada por solventes. E nem sinal do do dono do posto.
A análise do posto Alegre, de bandeira Hudson, na Avenida Dr. Renato de Andrade Maia, s/nº, demonstra que metade da amostra é de álcool e a outra é de solventes que deixam a mistura totalmente fora dos padrões da gasolina. O frentista bem que tentou achar o dono, mas o telefone deu que não existe.

A última coleta é no posto Estrela, na Avenida Guarulhos – 2200. O teste da proveta revela o campeão da fraude: são 64% de álcool. E nada de gasolina boa.

Jornal Nacional: “Tudo bem? Tem algum gerente aí, supervisor, o dono?” Frentista: “Não tem nenhum deles agora!”

Na cidade de São Paulo, a força-tarefa começou a trabalhar. Os fiscais estiveram nos três postos da Zona Leste que o Jornal nacional mostrou nesta segunda-feira (23), vendendo gasolina adulterada. Nesta terça, eles não se arriscaram: não foi encontrada gasolina adulterada. Mas o Posto Martha e Branco, da BR, foi fechado por falta de documentação.

Outros quatro postos foram interditados, porque a fiscalização flagrou excesso de álcool na gasolina. Um outro posto, na Zona Sul, também foi fechado. As bombas funcionavam com um dispositivo que fazia o combustível passar duas vezes pelo medidor, o que obrigava o motorista a pagar por uma quantidade maior do que ele colocava no tanque.

E na noite desta segunda sete homens foram presos quando descarregavam solvente em um posto da Zona Leste.

As fraudes constantes tiraram comerciantes sérios do mercado de combustíveis. Alguns, vencidos pela concorrência desleal, mudaram de ramo.

A Agência Nacional de Petróleo informou que a Hudson não existe mais, mas que alguns postos exibem ilegalmente a marca. A diretoria da Bremen afirmou que a rede não vende gasolina adulterada. E que pretende processar o do posto Águia – e romper o contrato com ele.


Exército se retira do Morro da Providência