quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Brasil lidera ranking da OCDE e deve atrair investimentos, diz analista


O Brasil apresentou a melhor taxa de atividade econômica entre as principais nações do mundo, ficando à frente de potências como EUA, Reino Unido, Alemanha e China.

Os dados, divulgados na semana passada, referem-se a junho deste ano e são de relatório da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entidade que reúne os países ricos.

Brasil e China foram os únicos que tiveram crescimento em relação a junho de 2007. As outras nações recuaram nos indicadores (veja gráfico abaixo):

Ranking de Desempenho da OCDE
1º Brasil ____________________________________ 106,9
2ºChina ____________________________________ 104,9
3ºAlemanha_________________________________ 98,0
4ºEUA _____________________________________ 97,7
5ºReino Unido________________________________ 97,1
6ºJapão_____________________________________ 95,9
7ºCanadá ___ ________________________________ 95,5
8º Zona do Euro_______________________________ 95,0
9º França____________________________________ 94,7
10ºItália_____________________________________ 94,0

De acordo com os dados, o Brasil pulou 2,2 pontos entre maio e junho e 1,4 ponto em relação a junho do ano passado, somando 106,9 pontos. É o primeiro no ranking de junho.

A China subiu 0,8 ponto em relação a um ano atrás, ficando com 104,9 pontos, em segundo lugar, logo atrás do Brasil.

Os EUA tiveram um tropeço de 5,4 pontos em relação ao ano passado e somaram 97,7 pontos. Os países da Zona do Euro caíram 5,2 pontos em comparação com 2007, ficando com 95 pontos.

Dinheiro de fora
O relatório da OCDE deve gerar, no médio prazo, mais investimento estrangeiro direto para o país, segundo o pesquisador do Ibmec São Paulo José Luiz Rossi.

"Essa avaliação da OCDE é importante, pois, diferentemente do que acontecia no passado, quando o Brasil sofria muito com crises internacionais, hoje podemos ver que o país está mais forte, menos dependente do comportamento das outras nações e, principalmente, continua crescendo", diz.

Rossi afirma que esse tipo de pesquisa é sempre positivo para elevar o otimismo dos investidores e gerar mais recursos para o país.

Com mais dinheiro chegando ao Brasil, mais negócios na Bolsa de Valores devem ser observados, o que gera um ciclo virtuoso e promove a melhora de indicadores da economia, como geração de empregos, aumento da oferta de produtos e serviços e a conseqüente redução da inflação e expansão do PIB.

Entre os principais pontos que o pesquisador avalia como fundamentais para terem levado o Brasil à liderança, está o título de grau de investimento, concedido à economia brasileira em abril pela agência de risco Standard & Poor´s.

"O grau de investimento ajudou o Brasil a melhor suas perspectivas diante das instituições, pois mostra que investir hoje na economia brasileira não é mais tão arriscado quanto era no passado", avalia.

Exportações
Outro fato que é positivo para o país, segundo Rossi, é a posição que ocupa no comércio exterior. Hoje o Brasil se beneficia como exportador de commodities, a exemplo do petróleo, minério de ferro e soja, enquanto países ricos como os Estados Unidos não têm condições de produzir mais e precisam comprar.

"O Brasil é favorecido com o crescimento dos preços internacionais de commodities, diferentemente dos Estados Unidos, que é um importador e tem de aceitar os preços", diz.

Relatório
Para compor o relatório sobre economia, chamado de CLI (sigla em inglês para Composite Leading Indicators), a OCDE compila uma série de indicadores econômicos de cada país, sempre relativos a dois meses atrás, como o crescimento per capita, desempenho industrial, ciclo de produtividade, nível de criação de empregos e variação do PIB.

Nesse último relatório, a OCDE adverte que as economias européia e norte-americana podem sofrer uma crise financeira mais profunda do que a que está sendo observada nos dias de hoje, devido à flutuação nos preços do petróleo.

O CLI é divulgado mensalmente e, teoricamente, apresenta as perspectivas para o que vai acontecer com a economia dos países ao longo dos próximos seis meses.

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