Investidores reagem ao socorro à seguradora AIG.Valor da moeda é próximo ao atingido um ano atrás.
O dólar registra uma forte alta frente ao real nesta quarta-feira (17), em meio ao pessimismo do mercado global.
Por volta das 13h15, o dólar registrava valorização de 3,12%, sendo negociado aos R$ 1,881, valor próximo aos R$ 1,886 registrados um ano atrás. Até o pregão de terça, a divisa registra alta acumulada de 11,52% em setembro.
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Os mercados reagem nesta quarta a decisão do governo americano, que anunciou um socorro de US$ 85 bilhões para a seguradora AIG. Em troca do empréstimo, o Fed passará a deter 80% do controle da maior companhia seguradora dos Estados Unidos, segundo o jornal "New York Times".
"Apesar do resgate (da AIG), há novos riscos financeiros lá fora, mantendo o mercado em volatilidade extrema. Não só o dia, como os próximos dias, ainda prometem bastante volatilidade", disse Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez. "Enquanto tiver esse risco sistêmico, o mercado deve continuar volátil", acrescentou.
No curto prazo não existe expectativa de melhora substancial", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
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A atenção dos investidores também fica voltada para a continuidade do ajuste nas bolsas internacionais depois que o Federal Reserve (Fed) banco central norte-americano optou por manter a taxa básica de juros em 2% ao ano.
Apesar de contrariar a expectativa do mercado, ao manter o juro estável, o BC dos EUA sinalizou que a situação não deve ser tão grave quanto se imagina.
Pregão de terça
Na terça-feira, a volatilidade internacional dominou o mercado de câmbio. Depois de avançar mais de 2% no momento mais turbulento do dia, o dólar fechou em alta de 0,44%, a R$ 1,82.
Em um cenário de nervosismo generalizado por conta do setor financeiro norte-americano, analistas ponderaram que o mercado deixou em segundo plano os fundamentos brasileiros e passou a reagir principalmente às notícias de Wall Street. "Esse é um dos momentos em que os fundamentos têm um papel menor na avaliação de preços dos ativos", comentaram economistas do banco francês BNP Paribas em relatório.
(Com informações da Reuters)
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