
Veja também: Mapa interativo permite monitorar dematamento na Amazônia
área de 900 km por 900 km, têm pixeis (pontos) que equivalem à extensão de 250 npe e analisadas visualmente por uma equipe de seis técnicos que marcam as áreas de desmatamento. Eles assinalam tanto terras onde houve corte raso (derrubada de todas as árvores), quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal (quando somente parte das árvores é cortada, deixando a floresta mais "rala")."O Deter trabalha com uma margem mais folgada [para classificar o que é desmatamento] para registrar mais áreas ameaçadas", explica o coordenador do projeto Amazônia do Inpe, Dalton Valeriano. No caso de corte raso, os órgãos de fiscalização podem buscar os responsáveis quando se trata de ação ilegal e, no caso das áreas de degradação progressiva, além de encontrar os culpados, o Estado pode atuar para tentar reverter o processo.
Levantamento Anual
Além do Deter, o instituto faz um levantamento anual mais detalhado do desmatamento por meio do Projeto Prodes, que tem precisão de 95%. Graças ao Prodes, hoje é possível saber que a Amazônia Legal já per
deu 728.526 km² de sua cobertura original de floresta (cerca de 17% do total).Pelo seu maior grau de precisão, o Prodes é a referência mais importante para o acompanhamento do desmatamento a médio e longo prazo. "O Prodes não pode falhar porque, se isto acontecer, a comunidade internacional vai achar que o Brasil está escondendo os dados", explica Valeriano. Radiação
A radiação do calor produzido pelo lançamento, assim como pelo fogo na mata, é registrado por um sensor do satélite. Ao contrário do que acontece com o Prodes e o Deter, o mapa de queimadas não é produzido por técnicos, mas por algoritmos que automatizam o processo. O sistema é atualizado seis vezes por dia com dados de diferentes satélites estrangeiros, como a dupla Terra/Aqua e os satélites ambientais Goes 10 e Goes 12, também da Nasa. Os dois últimos são geoestacionários, ou seja, giram na mesma velocidade angular da Terra, a cerca de 36 mil quilômetros de altitude, sempre sobre o mesmo ponto da superfície (o Goes 12 está posicionado sobre o Rio Amazonas). O Inpe mapeia queimadas em todo Brasil e em países vizinhos também. No Amazônia.vc, contudo, são utilizados apenas os dados referentes à Amazônia Legal brasileira.




















