quinta-feira, 1 de novembro de 2007

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MPF apura denúncia de negligência a índio

Tocantinópolis - Indígenas acusam Hospital Municipal José Saboya de ter se recusado a atender Elias Apinajé
Cláudia SantosPalmas
Lideranças indígenas Apinajé denunciaram ao Ministério Público Federal (MPF) um caso de negligência do Hospital Municipal José Saboya, em Tocantinópolis, a 531 quilômetros de Palmas, que teria se recusado a atender o índio Elias Apinajé, da aldeia São José. O documento, protocolado na última sexta-feira, pede também que seja apurada a causa das lesões corporais que levaram lideranças da aldeia a buscarem socorro para o indígena.
De acordo com a denúncia, o hospital municipal se recusou a socorrer Elias, alegando que ele estava alcoolizado. Por volta da meia-noite do dia 19 de outubro, o paciente ainda não tinha sido medicado e, segundo o documento, a polícia foi chamada para retirá-lo do hospital. O paciente só veio ser atendido por volta das 8 horas da manhã e, em seguida, foi encaminhado para Araguaína. Ontem à tarde o Jornal do Tocantins entrou em contato com o Hospital de Referência e com o Dom Orione para saber sobre o estado de saúde do paciente, mas a informação foi a de que ele não estava em nenhuma das unidades.
Sobre as lesões corporais, o documento informa que Elias Apinajé foi encontrado caído com vários ferimentos, em 19 de outubro, na antiga estrada Transamazônica, próximo à aldeia São José. A bicicleta que ele usava estava intacta, mas havia marcas de pneus de moto próximas à vítima. De acordo com a denúncia, as lideranças indígenas suspeitam que houve um atentado criminoso contra Elias.
No dia em que foi protocolada a denúncia, a procuradora da República, Viviane de Araújo, solicitou ao diretor do hospital municipal de Tocantinópolis esclarecimentos sobre o que aconteceu . Este tem o prazo de dez dias úteis, a partir do recebimento do ofício, para responder.
O diretor administrativo do Hospital Municipal José Saboya, Osvaldo Ferreira Araújo, informou ao Jornal do Tocantins que José Elias foi atendido por volta das 22 horas do dia 19. Ele disse que tem documentos do hospital que podem comprovar a afirmação. Maria Isaura da Costa, membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), disse que a entidade está buscando informações sobre assunto junto à família de Elias e lideranças da aldeia.