quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Número de impeachments contra o governador do Distrito Federal sobe para quatro

Quarta-feira, 02/12/2009
José Roberto Arruda queria e conseguiu ganhar tempo: tem oito dias para apresentar uma defesa. Assim, o Democratas adiou para a próxima semana a decisão de expulsar, ou não, o governador do partido.

Novas áreas de instabilidade chegam ao Rio Grande do Sul

Quarta-feira, 02/12/2009
As áreas de instabilidade que chegaram ao Rio Grande do Sul trouxeram muita chuva e ventos fortes para o oeste, norte e centro do estado. Ao todo 111 cidades gaúchas estão em situação de emergência.

Locutor Lombardi é encontrado morto em casa

Quarta-feira, 02/12/2009
Luiz Lombardi Neto morreu em Santo André, na Grande São Paulo. Ele tinha 69 anos e ficou conhecido pela sua voz. A família suspeita que ele tenha sofrido uma parada cardíaca.

Equipamento cirúrgico foi esquecido dentro do coração de um bebê

Quarta-feira, 02/12/2009
O pedaço de um cateter, um tubinho usado pelos médicos, foi esquecido dentro do coração de um bebê. Ironicamente o equipamento foi fundamental para garantir a vida de Enzo, que nasceu prematuro.

Consumidores devem tomar cuidado com golpes de mensagens de Natal

Quarta-feira, 02/12/2009
Muitas pessoas estão recebendo mensagens falsas por telefone e também pela internet prometendo prêmios que nunca são entregues. Este tipo de crime dobra no fim do ano.

Deputados leem pedidos de impeachment de Arruda

Procedimento é necessário para que processos comecem a tramitar. Sessão só começou depois que manifestantes desocuparam plenário.

Os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal leram no começo da noite desta quarta-feira (2) os seis requerimentos de impeachment do governador José Roberto Arruda e do vice, Paulo Octávio (ambos do DEM), e dos processos de quebra de decoro contra parlamentares acusados de envolvimento em um suposto esquema de propina. A leitura dos requerimentos é o primeiro passo no processo que vai analisar a permanência de Arruda no governo.

Agora, os processos contra Arruda e Octávio seguem para a procuradoria da Casa, que terá 24 horas para dar um parecer. Depois, vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) onde, se tiver três dos cinco votos, segue para o plenário. No caso dos deputados, os processos seguem para a Corregedoria, depois para a Comissão de Ética e, finalmente, ao plenário.

Qualquer pessoa pode entrar na Câmara. No plenário, só deputado ou assessor autorizado "
De acordo com o presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT), se houver 16 votos em plenário, Arruda é afastado imediatamente do cargo. A análise dos pedidos de impeachment de Arruda pode ser suspensa caso o governador renuncie antes da instalação de algum dos processos. Se houver renúncia após uma possível aprovação, o processo continua correndo.

Veja frases sobre o suposto esquema de corrupção
Assista aos vídeos sobre distribuição de dinheiro

Ele afirmou que a votação teria resultado "muito mais positivo" caso não houvesse a invasão. "Nunca tivemos [sessão] com a integridade física em questão. Temos um segurança hospitalizado [após a confusão]", disse. Patrício afirmou também que a área externa da Câmara continuará vigiada pela polícia.

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.

Temer aparece em suposta lista de doação de empreiteira, diz agência

Presidente da Câmara afirmou que denúncia é 'infâmia' e 'safadeza'.Empresa informou não conhecer o documento, que classifica de apócrifo.
O nome do presidente do PMDB e da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), aparece em uma lista de supostas doações ilegais de campanha feitas pela Construtora Camargo Corrêa, segundo informações da Agência Estado. O documento tem 54 planilhas, que sugerem contabilidade paralela da empreiteira. Temer e a empresa negam irregularidades.
O presidente da Câmara é citado 21 vezes, entre 9 de outubro de 1996 e 28 de dezembro de 1998, ao lado de quantias que somam US$ 345 mil. As planilhas constam dos autos da Castelo de Areia, operação integrada da polícia Federal (PF) e da Procuradoria da República.
O documento que aponta o parlamentar foi encontrado na residência de Pietro Bianchi, executivo da construtora. Realizada no dia 25 de abril, a busca foi autorizada pelo juiz da 6.ª Vara Criminal Federal, Fausto de Sanctis.
As fichas listam autoridades, administradores e servidores de tribunais de contas, prefeituras, governos estaduais e autarquias que teriam sido destinatários de recursos da Camargo Corrêa. Políticos teriam recebido "por fora" para campanhas eleitorais. Na contabilidade da empreiteira recolhida pela PF, todos aqueles que teriam recebido dinheiro são classificados como "clientes".
O foco da operação da PF eram doleiros de suposto esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que envolve executivos da Camargo Corrêa. A PF juntou as planilhas de pagamentos aos autos e aguarda agora uma orientação da Justiça. Nomes que constam da lista desfrutam de prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Nesses casos, a corporação só pode investigar por ordem da Corte.

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Os pagamentos teriam sido efetuados em dólares. Os três primeiros registros em nome de Temer são de 9 de outubro, 12 de novembro e 23 de dezembro de 1996 – nessas datas a empreiteira teria repassado total de US$ 50 mil, assim distribuídos: US$ 30 mil no primeiro lançamento, US$ 10 mil no segundo e outros US$ 10 mil no último.
Em 1997, na página 30 da planilha, foram realizadas oito anotações relativas a Temer. Na ocasião ele exercia pela primeira vez o cargo de presidente da Câmara. Os registros começaram em 25 de março e se sucederam até 23 de dezembro. No primeiro destaque o valor é US$ 5 mil. Nos demais, US$ 10 mil por vez, chegando ao total de US$ 75 mil, ou R$ 86.375 - atualizada pelo Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) essa quantia vai a R$ 181.070,85.
Em 1998, os registros recolhidos pelos agentes federais começam em 16 de fevereiro e vão até 28 de dezembro, num total de dez apontamentos que somam US$ 220 mil. A parcela mais elevada foi a 25 de agosto, no valor de US$ 90 mil, ou R$ 226.168,51 atualizados.
O total de pagamentos da Camargo Corrêa alcança R$ 382,6 milhões nos anos 1995, 1996, 1997 e 1998. Em 1995, foram liberados R$ 42,3 milhões, atualizados; em 1996, R$ 111,5 milhões; em 1997, R$ 86,2 milhões; em 1998, R$ 142,4 milhões.
Outro lado
Michel Temer negou que tenha recebido doação eleitoral de forma ilegal da empreiteira Camargo Corrêa. Ele disse estar “indignado” com a acusação e afirmou que recebeu apenas uma doação da empresa em 2006, e que ela foi contabilizada. “Quero reagir com indignação. É um papel apócrifo, uma simples folha de papel datilografada. Se pudesse expressar meu grito de indignação e revolta eu faria. É uma safadeza.”
O presidente da Câmara afirmou ainda que não existe qualquer obra da construtora com a qual teria colaborado. “Qual obra da Camargo Corrêa eu ajudei? Qual vantagem eu teria tirado disso? Isso é uma infâmia.”
A Camargo Corrêa, por sua vez, informou que desconhece o documento. Por seus advogados, os criminalistas Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, e Celso Villardi, a construtora alega que não teve acesso aos documentos que a PF encontrou na casa de seu executivo.
Villardi disse que o arquivo é apócrifo. Thomaz Bastos assinala que, no início da Castelo de Areia, foram divulgados nomes de políticos e partidos que teriam recebido dinheiro de caixa 2. "Depois ficou cabalmente esclarecido que todos os repasses foram rigorosamente declarados à Justiça Eleitoral", afirmou o ex-ministro.

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