quinta-feira, 31 de julho de 2008

Toda criatura acaba se voltando contra o criador

O debate comandado por Mônica Waldvogel tem a participação do embaixador Marcos Azambuja e dos cientistas políticos Sérgio Fausto (Instituto FHC) e Cláudio Couto (PUC - FGV).

Kaio Márcio é treinado por uma mulher

Equipe de saltos ornamentais e pivô da seleção feminina de basquete chegam a Pequim para os Jogos Olímpicos. Em Macau, treinadora é responsável pela boa fase do nadador Kaio Márcio.

Brasil vive onda de crescimento enquanto economias maiores sofrem


















Desesperada para escapar de sua existência precária em uma das regiões mais pobres do Brasil, Maria Benedita Sousa fez uso de um pequeno empréstimo há cinco anos para comprar máquinas de costura e iniciar seu próprio negócio, produzindo roupa íntima feminina.
Hoje, Sousa, uma mãe de três que antes trabalhava em uma fábrica de jeans ganhando salário mínimo, emprega 25 pessoas em uma fábrica modesta de duas salas, que produz 55 mil conjuntos de roupas íntimas de algodão por mês. Ela comprou e reformou uma casa para sua família e agora está pensando em comprar um segundo carro.
A filha dela, que está estudando para ser farmacêutica, poderá ser a primeira pessoa na família a concluir um curso superior."Você não pode imaginar a felicidade que estou sentindo", disse Sousa, 43 anos, em sua fábrica, Big Mateus, que leva o nome de seu filho. "Eu sou uma pessoa que veio do interior para a cidade. Eu lutei e lutei, e hoje meus filhos estão estudando. Uma na faculdade e dois outros na escola. É um presente de Deus."Hoje o país dela está se erguendo da mesma forma.
O Brasil, a maior economia da América do Sul, está finalmente em posição de realizar seu há muito esperado potencial como potência econômica global, dizem os economistas, enquanto o país vive sua maior expansão econômica em três décadas.Este crescimento está sendo sentido em quase todas as partes da economia, criando uma nova classe de super-ricos, enquanto pessoas como Sousa ascendem a uma crescente classe média.
Ele também concede ao Brasil uma nova imponência, lhe dando, por exemplo, maior força para negociar os termos com os Estados Unidos e a Europa nas negociações de comércio global. Após sete anos, estas negociações finalmente fracassaram nesta semana, por causa das exigências da Índia e da China de salvaguardas para seus produtores rurais, um sinal claro da força crescente destas economias emergentes.
Apesar dos temores dos investidores com a inclinação esquerdista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando foi eleito em 2002, ele demonstrou um toque leve na condução da economia, evitando os impulsos populistas dos líderes da Venezuela e da Bolívia.Em vez disso, ele alimentou o crescimento do Brasil por meio de uma combinação hábil de respeito pelos mercados financeiros e programas sociais direcionados, que estão retirando milhões da pobreza, disse David Fleischer, um analista político e professor emérito da Universidade de Brasília. Sousa é uma dessas beneficiárias.
Conhecido há muito tempo por sua distribuição desigual de riqueza, o Brasil reduziu sua desigualdade de renda em 6% desde 2001, mais do que qualquer outro país na América do Sul nesta década, disse Francisco Ferreira, um importante economista do Banco Mundial.Enquanto os 10% que mais ganham no Brasil viram sua renda cumulativa crescer 7% de 2001 a 2006, os 10% que menos ganham viram sua renda subir 58%, disse Marcelo Cortes Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Mas o Brasil também está gastando mais do que seus vizinhos latino-americanos em programas sociais, e os gastos públicos em geral continuam quase quatro vezes mais altos que os do México como percentual de seu produto interno bruto, disse Ferreira.Ainda assim, o impulso de sua expansão econômica deverá durar. Enquanto os Estados Unidos e partes da Europa enfrentam recessão e as conseqüências da crise imobiliária, a economia do Brasil exibe poucas das vulnerabilidades de outras potências emergentes.
Ele diversificou enormemente sua base industrial, tem imenso potencial de expandir um setor agrícola que passa por boom e dispõe de tremendos recursos naturais inexplorados. Novas descobertas de petróleo colocarão o Brasil ao lado das potências globais de petróleo na próxima década.Mas, apesar das exportações de commodities como petróleo e produtos agrícolas terem impulsionado grande parte de seu crescimento recente, o Brasil está cada vez menos dependente deles, dizem os economistas, ao dispor da vantagem de um imenso mercado doméstico - 185 milhões de pessoas - que está se tornando mais próspero com o sucesso de pessoas como Sousa.
Na verdade, com uma moeda mais forte e a inflação em grande parte sob controle, os brasileiros estão em uma onda de gastos que se tornou o principal motor da economia, que cresceu 5,4% no ano passado.Eles estão comprando tanto bens brasileiros quanto um crescente número de produtos importados. Muitos empresários relaxaram seus termos de crédito para permitir que os brasileiros paguem por refrigeradores, carros e até mesmo cirurgia plástica de forma parcelada em anos, e não em meses, apesar de taxas de juros entre as mais altas do mundo. Em junho, o país atingiu a marca de 100 milhões de cartões de crédito emitidos, um salto de 17% em comparação ao ano passado.
Nas Casas Bahia, uma rede brasileira de lojas de móveis populares, o número de clientes comprando itens a prestação quase triplicou, para 29,3 milhões de 2002 a 2007, disse Sônia Mitaini, uma assessora de imprensa da empresa.Há abundância de outros sinais de nova riqueza. Em Macaé, uma cidade com reservas de petróleo perto do Rio de Janeiro, construtoras estão correndo para concluir os novos shoppings centers e imóveis residenciais de luxo para atender a demanda das empresas do setor de petróleo em crescimento.
Em um porto em Angra dos Reis, uma cidade conhecida por suas ilhas espetaculares, cerca de 25 mil trabalhadores encontraram emprego construindo as novas plataformas de petróleo brasileiras.A Petrobras, a companhia estatal de petróleo do Brasil, espantou o mundo do petróleo em novembro, quando anunciou que seu campo de Tupi em águas profundas, além da costa do Rio de Janeiro, pode conter de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de petróleo.
Os analistas acham que podem haver bilhões de barris adicionais nas áreas ao redor, deixando o Brasil atrás apenas da Venezuela na hierarquia do petróleo da América Latina.Apesar de o petróleo ser caro e complicado de extrair, a Petrobras disse que espera produzir até 100 mil barris por dia de Tupi até 2010, e espera produzir até um milhão de barris por dia em aproximadamente uma década.Os novos campos de petróleo estão provocando um boom de investimento no Rio de Janeiro, com a expectativa de que cerca de R$ 107 bilhões ingressem no Estado até 2010, segundo o governo do Estado.
A Petrobras sozinha deverá investir US$ 40,5 bilhões até 2012.Alguns economistas dizem que uma desaceleração do restante da economia mundial, especialmente na Ásia, que está absorvendo grande parte das exportações de soja e minério de ferro do Brasil, poderia atrapalhar o crescimento aqui. "Mas esta probabilidade é pequena", disse Alfredo Coutiño, um economista sênior para América Latina da Moody's Economy.com.
Na verdade, como a economia do Brasil se tornou muito diversificada nos últimos anos, o país está menos suscetível a uma ressaca por causa da crise econômica americana, diferente de muitos outros na América Latina.As exportações do Brasil para os Estados Unidos representam apenas 2,5% do produto interno bruto brasileiro, em comparação a 25% do PIB para as exportações mexicanas, segundo a Moody's."O que torna o Brasil mais resistente é o fato de o restante do mundo ser menos importante", disse Don Hanna, o chefe de economia de mercados emergentes do Citibank.Mas o restante do mundo certamente ajudou. A alta dos preços globais dos minerais e outros commodities criou uma nova classe de super-ricos.
O número de brasileiros com fortunas líquidas que ultrapassam US$ 1 milhão cresceu 19% no ano passado, atrás apenas da China e da Índia, segundo uma pesquisa da Merrill Lynch e CapGemini.Ao mesmo tempo, o presidente Lula aprofundou muitos programas sociais iniciados há 10 anos pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que promoveu muitas das reformas estruturais que estabeleceram as fundações do atual crescimento estável do Brasil.
No caso de Sousa, por exemplo, ela deve muito do sucesso de seu negócio aos empréstimos que obteve junto ao Banco do Nordeste daqui, um banco do governo que concede microempréstimos para 330 mil pessoas desenvolverem negócios nesta região em rápido crescimento.Outros programas, como o Bolsa Família, fornecem uma pequena ajuda para milhões de brasileiros pobres comprarem alimento e outros itens essenciais.
O Bolsa Família, que beneficia 45 milhões de pessoas em todo o país distribuindo anualmente R$ 8,75 bilhões, está sendo muito mais eficaz em elevar a renda per capita do que os recentes aumentos no salário mínimo, que subiu 36% desde 2003.A natureza de baixo para cima destes programas sociais ajudou a expandir enormemente tanto o emprego formal quanto informal, assim como a classe média brasileira.
O número de pessoas abaixo da linha de pobreza - definida como aqueles que ganham menos que US$ 80 por mês - caiu 32% de 2004 a 2006, disse Neri.Os programas foram particularmente eficazes aqui no Nordeste do Brasil, historicamente uma das regiões mais pobres do país. Os moradores desta região receberam mais da metade dos US$ 15,6 bilhões gastos em programas sociais de 2003 a 2006, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, uma divisão do Ministério das Minas e Energia.As pessoas daqui estão usando esta nova riqueza para comprar itens como televisores e refrigeradores em uma taxa maior do que o restante do país.
O Nordeste, de fato, ultrapassou o Sul do país em consumo de eletricidade neste ano pela primeira vez na história do Brasil, disse a estatal de energia.Muitas famílias conseguiram chegar até a classe média usando o Bolsa Família para atender as necessidades básicas, e então pedindo pequenos empréstimos para iniciar seus próprios negócios e escapar da economia informal. Foi o que Maria Auxiliadora Sampaio e seu marido fizeram aqui em Fortaleza, uma cidade de 2,4 milhões de habitantes.
Eles recebiam pagamentos do Bolsa Família de cerca de US$ 30 por mês, que usavam para sustentar seus três filhos. Então, há dois anos, Sampaio usou um microempréstimo de cerca de US$ 190 para comprar esmalte e iniciar seu negócio de manicure, que funciona em sua casa.Hoje ela ganha cerca de US$ 70 por dia fazendo unhas - cerca de quatro salários mínimos por mês, ela disse. Com seu próximo empréstimo, ela planeja gastar cerca de US$ 140 para comprar uma estufa para esterilização dos alicates de unha, o que atualmente faz com água quente.
Os frutos de seu novo negócio permitiram ao casal refazer o piso da casa e comprar uma televisão e celular. Neste mês seu marido, que trabalha em uma fábrica de cachaça, conseguiu realizar um sonho: comprar uma bateria para tocar.Ele planeja usá-la para formar uma banda para tocar forró, uma música tradicional do Nordeste. "Nós sempre comíamos e pagávamos as contas, e ele esperava e esperava", mas finalmente conseguiu comprar a bateria por cerca de US$ 780 em dinheiro, ela disse."Eu sinto como se fizéssemos parte deste grupo de pessoas que estão subindo na vida", disse Sampaio, 28 anos. "Quando você não tem nada, quando você não tem uma profissão, não tem meios de sustento, você não é ninguém, você é um mosquito. Eu não era nada. Hoje, estou no paraíso."

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Casal Kirchner e a crise política na Argentina

O Painel discute a ressaca da presidente Cristina Kirchner, depois da maior derrota política sofrida até agora, na votação no Senado na semana passada, que deixou o governo argentino enfraquecido.

Rodada de Doha fracassa

Foram sete anos de negociações mas nenhumm acordo foi fechado. A redução dos subsídios agrícolas foi um dos entraves. Trocas de acusações entre China, Índia e EUA também pesaram para o fracasso.

Rádios piratas colocam em risco vôos

As rádios dão interferência na comunicação entre torres e os pilotos. Cerca de 750 emissoras piratas foram fechadas este ano, 100 só em São Paulo. Mas logo outras são abertas nas mesmas freqüências.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Namorada conta que brasileiro furou blitz nos EUA porque dirigia sem habilitação

A morte de um brasileiro que furou uma barreira policial chocou os moradores de uma pequena cidade em Massachussets. André Martins morava ilegalmente no país desde 2001.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Poluição ainda é um problema em Pequim

As medidas tomadas pelo governo para conter a poluição em Pequim surtiram pouco efeito até agora. Segundo o governo, a poluição vai estar sob controle durante as competições.

As mudanças que as Olimpíadas causaram em Pequim

A correspondente internacional Sônia Bridi volta à capital chinesa após um ano e meio e conta quais foram as principais mudanças em relação ao cenário urbano e à liberdade de imprensa.

Brasileiros sofrem com caos aéreo na Argentina

A crise financeira da Aerolíneas Argentinas fez com que centenas de brasileiros ficassem retidos em Buenos Aires e Bariloche. Os passageiros reclamam de falta de informações e de estrutura.

domingo, 27 de julho de 2008

O destino da Rodada Doha

A cada rodada de negociação bem sucedida o comércio mundial abre um pouco. A dúvida é saber se a Rodada Doha fracassará após sete anos. Para falar sobre o assunto Rubem Barbora e Pedro de Camargo Neto

Governo autoriza a construção da usina nuclear de Angra 3

O Entre Aspas discute a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3. As obras estavam paradas há 22 anos. O Brasil precisa investir em energia nuclear? Quais são os riscos?

Mulher recebe R$ 2 mil de empréstimo sem seu consentimento

Um banco decidiu dar R$ 2 mil de empréstimo consignado a Dona Georgina. Mas ela não tinha pedido esse dinheiro. Apesar de seus protestos, as prestações continuam a ser descontadas em sua conta.

Ministro-réu recebe do STJ R$ 348 mil sem trabalhar













*À espera de julgamento, Paulo Medina ganha sem trabalhar
*Réu da ‘Operação Furacão’, ele pensou em retornar à ‘ativa’
*Ouviu o advogado, que o aconselhou a manter o ‘resguardo’
*Recolhimento regiamente remunerado: R$ 23,2 mil mensais
*Processo dorme sobre a mesa de Cezar Peluso, do Supremo
Ele é o suspeito mais ilustre de duas mega-operações policiais: Hurricane (Furacão, em inglês) e Têmis (nome da deusa da Justiça na mitologia).

Ganharam as manchetes nos últimos dias de abril de 2007. Produziram a maior devassa já sofrida pela Justiça brasileira.

Acusado de vender sentença para a máfia do jogo carioca, Paulo Medina, ministro do STJ, freqüentou as primeiras páginas durante semanas.

Começa, porém, a escorregar para a zona sombreada da memória da platéia.

Deve-se o esquecimento a um fenômeno bem brasileiro: a lentidão do Judiciário.

Beneficiado pelo privilégio de foro, Paulo Medina foi denunciado pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza perante o STF.

Arrastou consigo outros réus, entre eles três desembargadores. E viu-se constrangido a deixar, aos 64 anos, uma cadeira que ocupava no STJ desde 2001.

Deixou a poltrona, não o contracheque. Continuou recebendo os vencimentos: R$ 23,2 mil por mês.

Primeiro, pediu licença médica, válida a partir de 20 de abril de 2007. Dias depois, em 3 de maio, o STJ aceitou o seu pedido de afastamento.

Lá se vão cinco meses. E nada de julgamento. Nesse período, sem verter uma gota de suor, o ministro levou ao bolso R$ 348 mil.

Há cerca de um mês, Paulo Medina considerou a hipótese de retomar as atividades no STJ. Seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, desaconselhou.

De volta ao trabalho, o ministro retornaria também ao olho do furacão. E seria um juiz manco. Desistiu.

Além dos autos do STF, Paulo Medina responde a processo administrativo. A pena máxima, nesse caso, é a aposentadoria compulsória.

Ou seja, ainda que condenado, o ministro terá como reprimenda o recebimento perpétuo dos salários. Algo comum no Judiciário.

Cezar Peluso, relator, no STF, do processo em que Paulo Medina é réu, não tem prazo para dar sentença. A expectativa é a de que o faça antes do final do ano.

Um detalhe injeta mais delonga num processo já demorado: os réus anexaram aos autos várias argüições de nulidade das provas.

Alegam que os agentes da PF trabalharam à margem da lei. Coisa de gente que, por encrencada, tenta derrubar o processo antes da análise do mérito das acusações.

Paulo Medina preferiu evitar esse tipo de chicana. Ouviu, de novo, os conselhos de seu defensor.

Para o advogado Almeida Castro, no caso de seu cliente, a restauração da autoridade de juiz depende de uma absolvição cabal, que “enfrente o mérito do processo”.

Advogado, irmão do ministro do STJ e réu no mesmo processo, Virgílio Medina preferiu o caminho inverso. É um dos que questionam a legalidade das provas.

Argumenta nos autos que seu escritório de advocacia foi devassado. Ele é sócio da banca Borges, Beildeck e Medina Advogados.

Fica no número 121 da Rua do Ouvidor, no centro do Rio. Foi varejado, em alto estilo, por três agentes da PF. Ação típica de filme americano.

Deu-se na madrugada de 23 de novembro de 2007. Os policiais não arrombaram a porta do escritório. Abriram-na com delicadeza. Permaneceram no recinto por uma hora e meia.

Saíram sem deixar vestígios da visita. Antes, munidos de equipamentos de última geração, filmaram e fotografaram evidências.

Com uma copiadora portátil, reproduziram documentos, agendas e folhas manuscritas. Na opinião de Virgílio Medina, escritório de advocacia é -ou deveria ser- inviolável.

É improvável que Cezar Peluso dê ouvidos a esse tipo de arenga. Partiu dele a autorização para que a PF esquadrinhasse o escritório na calada da noite. De resto, recolheram-se provas vitais para o julgamento.

Virgílio Medina fora pilhado em conversas vadias, ouvidas pela PF por meio de grampos telefônicos. Soara ao telefone negociando decisões judiciais do irmão Paulo Medina.

Uma delas, segundo a PF, se concretizou. Trata-se de liminar em favor da empresa Betec Games, que logrou liberar 900 máquinas de caça-níqueis apreendidas no Rio.

Nas páginas do inquérito da Operação Furação, informa-se que a liminar de Paulo Medina, revogada mais tarde pelo STF, fora negociada por Virgílio Medina com o advogado da Betec.

Chama-se Sérgio Luzio Marques de Araújo. Pagou pela decisão, segundo a PF, R$ 600 mil. Na incursão noturna ao escritório, encontraram-se elementos que corroboram a transação.

Recolheram-se, por exemplo, anotações sobre a liminar de R$ 600 mil. De resto, os agentes fotocopiaram a declaração de IR de Virgílio Medina. Exercício de 2005. Anota um repasse R$ 440 mil para o irmão-ministro.

Na defesa de Paulo Medina, o advogado Almeida Castro repisa a tecla de se trata de um empréstimo. Algo tão legal os dois irmãos registraram a operação em suas respectivas declarações de IR.

O ministro Paulo Medina tem a seu favor o fato de não ter feito uma mísera menção ao comércio de sentenças nos diálogos telefônicos bisbilhotados pela PF.

Nas conversas com o irmão, não há referências às decisões tomadas pelo ministro no STJ. Tampouco há diálogos do ministro com empresários do jogo ilegal. Algo que permite a seu advogado sustentar a tese de que, se negociou sentenças, Virgílio Medina agiu à revelia do ministro.
Esse é o retrato de como não somos iguais perante a lei. A própria justiça é falha, e consegue introduzir sua autoridade como fator de permanência da sua insconstitucionalidade perante a sociedade brasileira. Vivemos num país onde os ignorantes que poderíamos chamar de constitucionalidade estão debaixo das grades da justiça esperando a decisão de que já poderiam estarem livres, mas continuam presos.
A sociedade brasileira está cansada e exaústica de verem tantas injustiças, que deveria começar pela própria casa como exemplo de austeridade. Mas o caso acima retrata como a justiça é falha e os políticos, também não são diferentes, pois são eles que preparam as leis para a justiça atar aqueles que fere a constitucionalidade , é o guardião. Mas infelizmente estamos diante da justiça de braços cruzados sem agir, sem dar a noção de como um sujeito desta natureza é capaz de receber seus proventos integrais, já que deveria estar preso e sem receber nenhum centavo do bolso do povo.
Isto é uma vergonha nacional, de que a justiça é cega para os ricos e olhos bem abertos para os pobres. É nesta eleição que devemos mostrar nosso poder de fogo, o nosso voto. Este é sensível ao desbravamento e a renovação de pessoas corruptas que jamais poderiam usar das benécias do povo. Não devemos outorgar a esses tais, o direito de legislar em nosso favor. Digamos não a esses que não são compromissados com a gestão popular. Estamos indignados com essa injustiça que a própria justiça faz de conta que não vê. É uma vergonha nacional.

sábado, 26 de julho de 2008

Brasil perde para os Estados Unidos e dá adeus ao sonho do octacampeonato

Em pleno Maracanãzinho, seleção brasileira sucumbe e fica fora da decisão da Liga Mundial pela primeira vez na 'Era Bernardinho

Nem mesmo o apoio da torcida carioca impediu a derrota da quase imbatível seleção brasileira masculina de vôlei. Neste sábado, em pleno Maracanãzinho, os atuais campeões olímpicos foram surpreendidos pelos Estados Unidos e perderam por 3 sets a 0 (25/23, 25/22 e 27/25), dando adeus ao sonho do octacampeonato da Liga Mundial. Foi a primeira vez, com Bernardinho no comando, que o time ficou fora da decisão. Até então, eram sete finais consecutivas e seis títulos conquistados. Só tinha perdido em 2002, também no Brasil, em uma final contra a Rússia, no Mineirinho. A seleção volta à quadra neste domingo, às 9h30m, para disputar o bronze justamente contra a Rússia.

Temos que tirar uma lição. Juntar os cacos e começar de novo - diz o líbero Serginho.

Americanos 'percebem' a arma brasileira: o bloqueio

Diferentemente da partida contra o Japão, Bernardinho optou por deixar Rodrigão, que se recupera de uma lesão no joelho, no banco. André Heller foi o titular. Já nos primeiros pontos, os americanos demonstraram conhecer bem o jogo brasileiro, mas o mesmo parecia se dar do outro lado da rede. Prova disso foi que, dos sete primeiros pontos do Brasil, quatro foram de bloqueio, fundamento que não tinha funcionado direito na véspera. O primeiro deles foi marcado por Gustavo, sobre o americano Stanley. Os Estados Unidos chegaram a empatar em 4 a 4, em 7 a 7 e em 8 a 8, e passaram à frente pela primeira vez em 9 a 8 após uma invasão de André Nascimento. Era o que eles precisavam para crescer na partida.

Numa bola de "cheque", após um bom saque de Giba, o mesmo André Nascimento recolocou o Brasil à frente: 13 a 12. Giba não se conteve, e viu a torcida responder, gritando seu nome sem parar.
Todo cuidado era pouco diante dos rivais. O levantador Ball passou a distribuir bem o jogo, dificultando o bloqueio verde e amarelo. Embora se destacasse nos passes - e abrisse dois pontos (17 a 15 e 18 a 16) –, o Brasil continuava errando muito nos saques, e os americanos passaram à frente (19 a 18). Foi quando Bernardinho parou o jogo.

Salmon, jogador que até então não preocupava no ataque, teve liberdade para fazer o 22º ponto. O Brasil empatou, e Bernardinho colocou Anderson e Bruninho em quadra, tirando Marcelinho e André Nascimento. Salmon pontuou mais uma vez, explorando o bloqueio. Gustavo, numa bola para fora, deu o set point aos rivais. Os brasileiros pediram toque no bloqueio, mas nada adiantou. O juiz chegou a exigir que o capitão Giba acalmasse Serginho. Do contrário, o líbero ganharia cartão. A polêmica desconcentrou a seleção. O saque americano para fora deu uma chance a mais ao Brasil, mas Priddy fechou em 25 a 23.

Jogadas brasileiras ficam previsíveis

Na volta à quadra, Dante, com um ace, fez a torcida se levantar. Giba acertou a mão em cima de Lambourne e abraçou o levantador Marcelinho, pedindo mais bolas. Na seqüência, porém, foi bloqueado por Stanley. As jogadas brasileiras ficaram previsíveis, e os americanos tiraram proveito disso. Eles abriram quatro pontos de vantagem - 11 a 7 - numa controversa bola para fora. A tensão era grande, dentro e fora da quadra. Na arquibancada, pela primeira vez, o silêncio predominou. Mas, felizmente, só durou pouco tempo. Antes de Gustavo sacar, Giba foi até ele e deu a ordem: “acerta essa”. Dito e feito. Saque de Gustavo e ponto de Giba, que pediu vibração à torcida.
Samuel entrou em quadra e pontuou em sua primeira bola, fazendo a vantagem diminuir para dois pontos (14 a 12). Mas os Estados Unidos não diminuíam o ritmo. Ball abusava das bolas rápidas para Salmon, e assim o time fez 16 a 13. Foi quando Bernardinho mandou Rodrigão ao aquecimento, para o lugar de Gustavo.

Bruninho entrou no lugar de Marcelinho e tentou, a cada ponto, pôr vibração no time. Com uma pancada no saque, fez o 19º da seleção, quando os americanos já estavam em 22. Lee, porém, marcou para os EUA, e Dante devolveu numa bola de meio. Giba foi para o saque e manteve o Brasil vivo. A torcida gritava: “Vamos virar”. Era tarde. Numa bola de Lee, set para os Estados Unidos.

Bruninho mostra personalidade, mas Brasil desperdiça dois set points

Bruninho começou em quadra no terceiro e decisivo set. E mostrou personalidade, ousando bastante nas bolas. O Brasil saiu na frente - 8 a 7 – no primeiro tempo técnico, quando a bola voltou para a quadra brasileira, e Rodrigão viu Bruninho livre e “levantou” para ele. Logo depois, a seleção abriu três pontos – 12 a 9. Bernardinho colocou Anderson no lugar de Samuel. Stanley marcou três pontos seguidos, aumentando para quatro a diferença: 18 a 14. No tempo técnico, o treinador brasileiro não deixou nem Serginho se sentar. Rodrigão, veloz e agressivo pelo meio, e Dante, de saque, fizeram o Brasil encostar: 19 a 18.

O jogo seguiu lá e cá, mas Bruninho forçou o saque, jogou para fora, e os americanos abriram 22 a 20. A seleção empatou em 22 a 22 com um bloqueio de André Heller e, com Giba, em 23 a 23. Priddy atacou para fora, e o Brasil chegou ao set point. André Heller sacou, e Stanley salvou. O mesmo foi para o saque e jogou na rede. Anderson errou também. Dante, numa bola para fora, cedeu o match point aos rivais. Anderson mais uma vez falhou, numa hora em que não o erro não era mais permitido. Vitória americana, Maracanãzinho calado.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Arnaldo Jabor comenta Rodada de Doha

A globalização usa a economia para absorver a política e trata o mercado como se fosse uma pessoa. Para o jornalista, o corte nos subsídios agrícolas é uma mentira.

Os riscos da barriguinha saliente

Esta semana, o craque Ronaldo apareceu em fotos bem fora de forma. Médico alerta para os riscos de problemas de coração nas pessoas que têm barrigas proeminentes.

Subsídios agrícolas geram impasse no encontro da OMC

O presidente Lula disse que sem uma redução efetiva dos subsídios agrícolas dos EUA e da Europa não haverá acordo. Lula disse que EUA e Europa acham que países emergentes têm que se subodinar a eles.

Taxa básica de juros sobe para 13% ao ano

O presidente do Banco Central afirmou que não vai medir esforços para manter a inflação sob controle. O Copom decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros em 0,75 p.p..

Bernardinho fala sobre a vitória na fase final do mundial de vôlei

Brasil estréia com vitória na fase final do mundial. A Rússia perdeu por 3 sets a 0. Em entrevista exclusiva, o técnico Bernardinho comenta os melhores momentos da disputa.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Quadrilhas organizadas cortam madeira ilegalmente em Mato Grosso

Operação do Ibama e da Polícia Federal está concentrada no chamado "polígono do desmatamento". Por causa do tamanho do estado, a fiscalização acaba, muitas vezes, chegando tarde demais.

Charge do Chico: Garibaldi Alves como Super-Homem

Jogo rápido com o presidnete do Senado em recesso, Garibaldi Alves. Ele se gaba de ter conseguido evitar a contratação de 97 assessores sem concurso, com R$ 10 mil de salário cada um.

Lista denuncia candidatos com ficha suja na Justiça

A Associação dos Magistrados Brasileiros publicou uma lista com candidatos que têm ficha suja da Justiça. O objetivo é ajudar os brasileiros na escolha dos seus candidatos.

Projeto contra poluição entra em vigor em Pequim

A pista livre olímpica começou a funcionar ontem, para quem possui as credenciais das competições. Começou a funcionar também a alaternância de placas pares e ímpares.

Brasil se adapta ao estilo russo e vence na estréia das finais da Liga Mundial





Time lidera o Grupo E e folga nesta quinta-feira. Vitória da Rússia sobre o Japão na segunda rodada dá aos brasileiros a vaga nas semifinais.

O Brasil começou de forma empolgante a fase final da Liga Mundial de 2008, com uma vitória importante sobre a Rússia por 3 sets a 0 (25/23, 25/18 e 25/15), em 1h18m e assumiu a liderança do Grupo E (assista ao vídeo ao lado). Nesta quinta-feira, os russos enfrentam o Japão, o outro time da chave. Se os japoneses vencerem, o time de Bernardinho já estará classificado às semifinais, já que os dois melhores avançam.

Veja a galeria de fotos da vitória do Brasil sobre a Rússia por 3 sets a 0. O time do técnico Bernardinho começou a partida com a mesma formação que iniciou os jogos anteriores, sem Rodrigão e com André Heller no meio-de-rede. Os russos, com um time muito alto, surpreenderam o Brasil pela boa atuação na defesa, que nunca foi uma característica do vôlei do país, que contava com o bloqueio para atrapalhar os ataques adversários. Os destaques dos donos da casa foram Giba e André Nascimento, e a capacidade de se adaptar ao jogo rival, tornando o jogo mais fácil na medida em que o tempo passava.

Começo de jogo foi desfavorável ao Brasil
O primeiro set começou muito equilibrado, com as equipes trocando a liderança no placar seguidamente. O primeiro ponto foi marcado por André Nascimento, com um bloqueio sobre Tetyukhin. Os russos devolveram na jogada seguinte, com Poltavskiy. Os dois times mostravam força no ataque, mas o Brasil mostrava força no bloqueio, conseguindo chegar ao primeiro tempo técnico em vantagem: 8 a 7. Com uma boa atuação de André Heller, tanto nas bolas de meio quanto no posicionamento na rede, os brasileiros mantiveram o equilíbrio no ataque. Contando com muitos erros de saque da Rússia, o Brasil chegou ao segundo tempo técnico à frente: 16 a 15.

Na volta do tempo técnico, os russos fizeram três pontos seguidos, dois de ataque e um com um bloqueio sobre Giba, e abriram dois pontos no placar: 18 a 16. Com bloqueio e saque melhores a partir daí, e sem uma boa cobertura por parte dos anfitriões, a Rússia parecia caminhar para a vitória no primeiro set, quando Giba, com dois saques fortíssimos, desequilibrou a até então excelente defesa adversária, empatando a partida em 22 a 22. A partir deste momento, o Brasil cresceu em quadra e conseguiu a virada (23 a 22), e, em uma bola de Dante explorando o bloqueio, conseguiu o primeiro set point da partida (24 a 23).

Após uma disputa eletrizante, o Brasil conseguiu fazer a defesa no ataque russo e, em um ataque de André Nascimento que bateu no bloqueio e caiu na quadra russa, venceu o set por 25 a 23 em 26 minutos. O destaque do set foi a quantidade de erros de ataque dos russos (10) contra apenas três dos campeões olímpicos.
Erros de ataque da Rússia ajudam o Brasil
A Rússia continuou forçando (e errando) muitos saques no segundo set. Mesmo assim, nos saques que iam em direção à quadra, o time do técnico Bernardinho não conseguia boas recepções, o que fazia os ataques serem defensáveis pelos adversários. Com consistência no ataque, principalmente com Poltavskiy, a Rússia chegou ao primeiro tempo técnico em vantagem: 8 a 6. O Brasil, que não havia conseguido alcançar os russos até a ida de Giba para o saque no set, mudou o panorama do jogo com o melhor do mundo neste fundamento. Como no fim do primeiro set, o time brasileiro desmontou a defesa russa e o time encostou no placar: 10 a 9.

Muito forte na defesa, que nunca foi sua característica, a Rússia dificultava o ataque brasileiro, mas também dava muitos pontos para o Brasil com os seguidos erros ofensivos. Após três erros seguidos (dois ataques para fora e um toque na rede), permitindo que os brasileiros abrissem 14 a 11 no placar, os russos reclamaram muito do árbitro principal, forçando o técnico a pedir tempo para acalmar seus atletas. Com dois pontos de André Nascimento, o Brasil chegou a 16 a 12, indo para o segundo tempo técnico com quatro pontos de vantagem.

Na volta para a quadra, Bernardinho pôs Bruno e Samuel em quadra, fazendo suas primeiras alterações na partida. em seu primeiro ataque, Samuel levantou a torcida ao acertar, com uma cortada fortíssima, a cabeça do levantador Vadim. Os russos pareciam entregues em quadra, errando muito e facilitando o trabalho brasileiro. Com uma jogada inteligente de Giba, que explorou propositalmente o bloqueio russo para ele mesmo pegar a cobertura e explorar, desta vez com força, o bloqueio adversário, os donos da casa chegaram ao set point. Após um ponto do ataque russo, Mikhaylov sacou para fora, dando o ponto para o Brasil, que fechou o segundo set por 25 a 18, em 23 minutos.

Time se adapta ao estilo russo e torna o jogo fácil
A exemplo dos dois primeiros sets, o Brasil saiu atrás no placar no terceiro, mas conseguiu virar o placar com ótima atuação dos atacantes, principalmente Dante, que mostrou-se mais consistente que no início do jogo. Com muita concentração, e mostrando ter se adaptado ao jogo da Rússia ao longo da partida, o time assumiu a liderança e chegou ao primeiro tempo técnico com um belo ataque de Dante, fazendo 8 a 5. Com um excelente posicionamento defensivo, praticamente anulando o forte ataque russo, e fazendo 12 a 7 com um bloqueio sensacional de Dante em Poltavskiy, os campeões mundiais chegaram com tranqüilidade a 16 a 10, indo para o segundo tempo técnico com a maior vantagem do jogo neste período do set.

Sem esforço, e contando com o desânimo russo, o Brasil não teve problemas para ampliar a vantagem no placar e fechar o set por 25 a 15 em apenas 21 minutos, vencendo a partida e fazendo a festa da torcida que compareceu em bom número ao Maracanãzinho.


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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Niki Lauda: 'Nelsinho não poderia ter feito uma corrida melhor'














Segundo tricampeão mundial, segundo lugar foi perfeito para o brasileiro
Não foi apenas Lewis Hamilton que mereceu os elogios de Niki Lauda após o GP da Alemanha deste domingo. A estréia de Nelsinho Piquet no pódio da Fórmula 1 foi exaltada pelo tricampeão mundial. Em entrevista ao site "Autosport", Lauda diz que resultado vai diminuir um pouco a pressão sobre o brasileiro, que faz sua primeira temporada na categoria.
Foi Perfeita. E bom para ele, porque o pobre garoto estava com muita pressão sobre ele e não vinha correndo bem. Hoje (domingo), o segundo lugar foi o melhor que poderia ter acontecido para ele. Dá a ele confiança e o permite trabalhar em cima disso.
Lauda admite que o filho do tricampeão mundial Nelson Piquet teve sorte com a batida de Timo Glock, que forçou a entrada do safety-car durante a prova. - Com certeza, o safety-car ajudou, mas ele montou uma boa estratégia, que deixou os senhores Massa, Kovalainen e Raikkonen atrás dele. Ele não poderia ter feito uma corrida melhor.

A atuação de Lula no caso Daniel Dantas

William Waack recebe especialistas para debater a articulação política do presidente para que o governo não fosse atingido por esse episódio.



Lei seca completa um mês

Nestes 30 dias, o número de mortes no trânsito diminuiu em todo o país. A lei proíbe consumo de .bebida alcoólica antes de dirigir. Fiscalização está cada vez mais rigorosa. SAMU registra queda de 24%.

Investidores estão atentos à divulgação da nova taxa básica de juros

Investidores começam a semana de olho na divulgação da nova taxa básica de juros, na próxima quarta-feira. Bovespa opera em alta. Dólar está em queda

sábado, 19 de julho de 2008

Morre Dercy Gonçalves aos 101 anos

Ela estava internada no Hospital São Lucas, em Copacabana.A atriz era famosa por suas entrevistas irreverentes.

A atriz Dercy Gonçalves, de 101 anos, morreu às 16h45 deste sábado (19) no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, Dercy foi internada na madrugada deste sábado, e com um quadro de pneumonia comunitária grave, que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória.

Veja vídeos históricos de Dercy Gonçalves

'Vai-se Dercy, ficam os palavrões mais carinhosos', diz Ary Fontoura
‘Época’: veja vídeo da última aparição pública de Dercy
O ator Ary Fontoura falou para a Globo News:
“grande amiga, que não acreditava na velhice, que sempre pensou em um final de vida honroso. Vai-se a Dercy, ficam os palavrões mais carinhosos que as pessoas podem dizer. Fica o exemplo da comediante. Eu gostaria que ela fosse com Deus.” A também amiga, secretária e colaboradora Hynea Moreira de Souza, 54 anos, disse que a família espera que autoridades, como o prefeito ou governador do Rio, reconheçam a importância da atriz e permitam que ela se despeça com uma cerimônia do público carioca antes de seu corpo seguir para Santa Maria Madalena, onde ela nasceu e deverá ser sepultada. Segundo a amiga, que trabalhava com Dercy há mais de 20 anos, a atriz amanheceu na sexta-feira (18) com uma forte gripe e foi levada ao Hospital São Lucas, em Copacabana, onde os médicos teriam constatado uma pneumonia.

Carreira
Ainda jovem, em 1927, ela desafiou padrões da época ao fugir de casa atrás de uma companhia de teatro. Ela começou a carreira cantando, mas depois perdeu a voz. Ela trocou seu nome de batismo, Dolores Costa Bastos, para tornar-se Dercy Gonçalves, uma atriz da época do teatro rebolado e das chanchadas.

Dercy também passou pela televisão e foi uma das primeiras contratadas da Rede Globo, onde estrelou os dois primeiros programas de sucesso da emissora no horário nobre. Em 1989, fez o papel da mãe da rainha na novela “Que Rei Sou Eu?”. Em 1991, aos 84 anos, sofreu um acidente de carro e quebrou a bacia. Ainda se recuperando, foi para a Marquês de Sapucaí com os seios à mostra, homenageada no enredo da Unidos da Viradouro (em 2004, voltou a ser destaque, dessa vez no carro da Salgueiro, como mostra o vídeo acima).

Também em 1991, passou por uma cirurgia por conta de uma úlcera e de um tumor. Em 1992, participou da novela "Deus nos acuda", fazendo o papel de anjo da guarda nada convencional da personagem de Cláudia Raia. A atriz, que ameaçou posar nua aos 90 anos, não gostava de água, nem a do mar. Ela mandou construir seu túmulo -- com formato de pirâmide, já concluído -- em Santa Maria Madalena, sua cidade natal. Lá também fica o museu Dercy Gonçalves, com diversas peças da atriz, como chapéus, bolsas, perucas, sapatilhas, bijuterias, troféus, cartazes, programas, entrevistas, fitas de vídeo, textos, jornais, revistas e fotos.

Em entrevista em abril do ano passado, ela disse que ninguém era mais feliz do que ela. Sem um pingo de nostalgia, disse que o passado não interessava. "O ontem acabou. Não tenho mágoa de nada e nem saudade de nada. Vivo o hoje. Tenho alegria de viver, adoro a vida". Vaidosa, a comediante disse que já havia feito mais de dez plásticas.

"Não quero ficar feia. Também já fui criança ou você pensa que fui velha a vida inteira?", brincou. Depois de se curar de um câncer e sobreviver a uma tuberculose, ela se achava uma vencedora. "Tudo que passou, acabou. Eu sobrevivi." Dercy fugiu de casa aos 14 anos e dizia não se arrepender. Argumentava que aprendeu tudo o que sabe da melhor forma possível: vivendo. "Meti a cara, casei. Vivi 20 anos casada, com dignidade. Nada de ruim me aconteceu.

Não me envergonho de nada." Mesmo depois de ter viajado por vários países, Dercy disse que não tinha lugar mais bonito que o Brasil. "Conheço mais da metade do mundo. Não tem país de mais calma e dignidade que o Brasil. Isso aqui é lindo". Ela não se dizia religiosa, mas acreditava na natureza. "Não acredito em santo nenhum. Minha religião é a natureza. Deus é um apelido. Ele pra mim não existe. O que existe é a natureza. Deus é fantasma, mas a natureza é a verdade."

Por que Lula entrou na crise














DEIXA COMIGO presidente Lula faz uma saudação. Na semana passada ele deu bronca no delegado da PF e interveio pessoalmente no caso Dantas
As razões políticas e econômicas que levaram o presidente a intervir no caso policial do banqueiro Daniel Dantas.

A primeira reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à operação Satiagraha, deflagrada há duas semanas, foi positiva. Ele estava em Tóquio. Foi informado sobre a ação que levara o banqueiro Daniel Dantas à cadeia. Disseram-lhe que era “bastante consistente”. O informe seguinte, mais detalhado, já incorporava a avaliação de que a Polícia Federal cometera “certos exageros”. Ainda assim, o relato celebrava o mérito da ação no combate ao crime.
Lula começou a ficar preocupado em seguida, com a descoberta de diálogos inconvenientes entre Gilberto Carvalho, seu secretário particular, e o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, um petista histórico atuando a serviço de Dantas. Na semana passada, avisado de que o delegado Protógenes Queiroz, chefe da operação, abandonara o caso vazando a versão de que fora pressionado a fazer isso, Lula decidiu entrar em ação. Deu uma maldisfarçada bronca pública no policial. Foi uma cena inédita, mesmo para um país que já viu de tudo em matéria de confusões políticas. Um presidente entrava em confronto com um delegado.

Sem conseguir esconder desconforto e irritação, Lula parou diante de uma multidão de repórteres e praticamente desafiou Protógenes – um delegado com extensa folha de serviços prestados à PF (leia mais sobre Protógenes) – a dizer de que lado estava a verdade. Disse que ele tinha o dever moral de continuar no caso, “a não ser que diga publicamente que não quer”, e que o delegado não pode “é vender insinuações à sociedade”. Protógenes deixou o cargo diante de um dilema criado para ele por seus superiores.

Para continuar, deveria dar dedicação exclusiva à conclusão do inquérito e desistir de um curso que lhe renderia mais R$ 2 mil por mês. Protógenes optou pelo curso. O mais surpreendente foi a atitude de Lula. Não fica bem para um presidente dar palpite em público sobre o comportamento de funcionários de escalão inferior. O presidente nomeia seus auxiliares principais, dá ordens, demite. Lula sabe muito bem disso. Em quase seis anos de governo, ele procurou manter uma distância profilática em relação aos escândalos que envolveram seus assessores próximos e pessoas ligadas a ele.

Por que, então, Lula resolveu se envolver diretamente nessa história? De acordo com auxiliares e políticos que participam da rotina do presidente Lula, a reprimenda pública ao delegado de polícia foi motivada por três preocupações:
1) o desligamento de Protógenes poderia ser interpretado como um acerto subterrâneo para beneficiar Daniel Dantas e prejudicar a altíssima popularidade de Lula, seu bem mais precioso;
2) o receio de que a investigação se transforme num processo incontrolável, capaz de atingir o governo com a descoberta de auxiliares do presidente em movimentos para prestar favores ao grupo de Dantas;
3) o risco de que a confusão sirva para contestar a fusão das operadoras de telefone Brasil Telecom e Oi/Telemar, uma das prioridades do segundo mandato do governo Lu
la (clique aqui e leia mais).

Um deputado petista com trânsito no Palácio do Planalto relata que, desde que a crise deixou de ser um drama exclusivo de Dantas, Lula trabalha para aumentar o controle sobre as investigações da PF. Ele não quer confusão, porque sabe que a crise só tem um destino: aproximar-se do governo. Por isso, Lula reagiu tão mal ao que lhe dissera o ministro da Justiça, Tarso Genro: o próprio Protógenes passara a jornalistas a versão de que sofrera pressões de seus superiores para sair da investigação.
Com seu conhecido talento para identificar a qualquer distância ameaças a sua popularidade, Lula primeiro deu a bronca em Protógenes. Na seqüência, tratou de desmenti-lo. Depois de ouvir de Tarso a garantia de que a gravação da reunião onde foi decidido o destino de Protógenes, entre ele e o comando da Polícia Federal, demonstraria que o próprio Protógenes decidira retirar-se da função, Lula aprovou a divulgação da fita. Essas ações procuraram evitar o desgaste da imagem do governo, transformando Protógenes de perseguido em desertor.

O governo parece ter vencido o primeiro lance com o afastamento do imprevisível delegado. Mas ainda há o inquérito da Operação Satiagraha. Como o trabalho de Protógenes beirou a clandestinidade dentro da própria PF, ninguém tem idéia de todas as conversas captadas pelas escutas telefônicas ou do material que os federais já capturaram. Amigos de Protógenes dizem que ele adotou na operação uma estratégia usada com freqüência por policiais e procuradores da primeira instância: excluir do inquérito gravações telefônicas e documentos relativos a quem tenha foro privilegiado, como ministros e parlamentares. Dessa forma, ele evitaria que o inquérito subisse para o Supremo Tribunal Federal (STF) e manteria o controle da apuração nas mãos de juízes e procuradores aliados.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

PF divulga vídeo que mostra afastamento de delegado da Satiagraha

Por ordem do presidente Lula, a PF divulgou partes de um vídeo da reunião que definiu o afsatamento de Protógenes Queiroz da Operação Sagiagraha. Ele queria conciliar a investigação com um curso.



Motoristas profissionais são flagrados sem cinto de segurança em Belo Horizonte

Profissionais que passam o dia no trânsito em caminhões, táxis e ônibus cometem infrações graves no trânsito da capital mineira. Até PMs são vistos sem o acessório de segurança.



Acidente com Airbus da TAM completa um ano

Parentes e amigos participam de manifestações para lembrar a memória das vítimas. Justiça militar condena controladores do Cindacta 4, que participaram de protesto que parou 49 aeroportos.



quinta-feira, 17 de julho de 2008

Divulgação de balanços dos EUA gera expectativa na Bovespa

Pressionado pelas ações da Vale, a Bovespa opera em queda. Dólar está em baixa. Juros futuros avançam.

Emprego S/A: a importância dos investimentos em educação

Os trabalhadores mais qualificados dificulmente ficam sem trabalho e são cada vez mais assediados. Vagas estão abertas nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.


Cacciola está em cela coletiva, dizem advogados

Defesa espera que ex-banqueiro seja levado para cela especial, por ter curso superior.Extraditado, Cacciola chegou nesta quinta-feira ao Rio de Janeiro.

Os advogados que defendem Salvatore Cacciola informaram que o ex-banqueiro ocupa, no presídio Ari Franco, no subúrbio do Rio de Janeiro, uma cela com aproximadamente 14 pessoas. Segundo Guilherme Eluf, que o defende, o espaço é precário e não possui camas para todos os detidos.

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'Nunca fui foragido', diz Cacciola
Extraditado, Salvatore Cacciola chega ao Rio de Janeiro
Entre os presos, há pessoas com nível superior e presos comuns, segundo Eluf. Ele aponta que Cacciola, até o momento, não reclamou de nada, que diz acreditar na Justiça e que provará sua inocência. Os advogados esperam que Cacciola fique preso numa cela especial, já que tem curso superior, conforme determina a Constituição. Eles ainda não sabem se ele vai deixar o presídio Ari Franco ainda nesta quinta-feira. Segundo o advogado, o ex-banqueiro nunca se furtou a responder a nenhum ato da Justiça brasileira e que, mesmo na Itália, mantinha contato com os advogados e respondia os atos processuais através de cartas rogatórias.

Extradição
O Governo Federal brasileiro chegou a entrar com pedido de extradição quando o ex-banqueiro vivia na Itália, mas não ganhou a ação. O advogado explica que no processo de extradição Cacciola respondia por gestão fraudulenta, que é considerado um crime genérico na Itália. Guilherme Eluf falou também que há dois dias a mãe do ex-banqueiro faleceu no Rio de Janeiro. Segundo ele, ela estaria triste ao saber que seu filho seria trazido preso para o Brasil. Carlos Eluf, que também defende Cacciola, diz que no período que viveu na Itália o ex-banqueiro tomava conta de um hotel em Roma. Os advogados aguardam a decisão sobre um pedido de habeas corpus feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), solicitando a libertação do ex-banqueiro. A defesa alega que o pedido de prisão cautelar ou preventiva não pode ultrapassar 81 dias, prazo já cumprido por Cacciola em Mônaco. O STJ aguarda informações do processo antes de proferir sua decisão

Chegada
Cacciola desembarcou no Brasil por volta das 5h desta quinta-feira (17), no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Foi a etapa final de uma viagem que começou na véspera, em Mônaco, onde ele estava preso desde setembro do ano passado. Cacciola, que não usava algemas, seguiu direto para a sede da Polícia Federal no aeroporto e não chegou a passar pelo saguão de desembarque.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Marcel Duchamp ganha exposição em São Paulo

Segundo especialistas, Marcel Duchamp inventou a figura do artista contemporâneo. A mostra que comemora os 60 anos do Museu do Ibirapuera traz 140 trabalhos de Duchamp. Tem até um mictório como arte.

Lula media paz entre presidente do STF e o ministro da Justiça

Para superar os desentendimentos causados pela Operação Satiagraha, Lula e o presidente do STF, Gilmar Mendes, fizeram uma reunião em Brasília com Tarso Genro. O encontro selou a paz entre os dois



Arnaldo Jabor fala sobre os abusos em Guantânamo

Segundo Arnaldo Jabor, a prisão de Guantânamo legitima a política do medo de George W. Bush, com suas medidas para acabar com a democracia. Para o comentarista, Guantânamo é o símbolo da intolerância.



Três delegados envolvidos na Operação Satiagraha saem do caso

Jornal Nacional informou que eles disseram a juiz que foram obrigados a deixar operação.A PF diz que todos pediram para serem afastados das investigações.

Os três delegados envolvidos na Operação Satiagraha -Protógenes Queiroz, Karina Murakami Souza e Carlos Eduardo Pelegrini Magro - informaram ao juiz federal Fausto de Sanctis e ao procurador-geral da República Rodrigo de Grandis que foram obrigados pela direção da Polícia Federal a deixar as investigações. De acordo com a Polícia Federal, porém, os delegados vão deixar as investigações por pedidos deles mesmos, e por motivos pessoais.

Veja o site do Jornal Nacional

Protógenes Queiroz, que comanda a Operação Satiagraha, teria informado aos superiores que precisa participar de um curso superior de polícia, que é obrigatório a cada dez anos de carreira. Ele chegou a entrar na Justiça para garantir o direito de se matricular neste curso. O delegado já vinha fazendo parte do curso à distância, desde março. Na próxima segunda-feira (21), começa a parte que precisa da presença do aluno, e que dura 30 dias. Nesta quarta-feira (16), ele ouvirá o depoimento do banqueiro Daniel Dantas.

Segundo a assessoria da Polícia Federal, o delegado Protógenes comunicou na segunda-feira (14), em reunião na superintendência da PF em São Paulo, que não pretende retornar ao caso que culminou na Operação Satiagraha depois do curso. A Polícia Federal não explica o motivo.

A delegada Karina pediu para ser transferida para a corregedoria da Polícia Federal. Ela participava das investigações com Protégenes Queiroz há três meses. O outro delegado, Eduardo Pelegrini, foi emprestado para a Operação Satiagraha.

Depoimento
Nesta terça-feira (15) à tarde, Humberto Braz , um dos presos pela Operação Satiagraha, foi levado à PF de São Paulo e não respondeu a nenhuma pergunta por orientação de seus advogados.

Depois, Braz foi levado para um presídio no interior do estado, que tem celas para presos com nível superior. Humberto Braz, assessor do banqueiro Daniel Dantas, é acusado de corrupção ativa. Ele aparece em imagens com Hugo Chicarone, também preso, tentando subornar um delegado federal para que ele retirasse o nome de Dantas das investigações de crimes financeiros.

Na quarta-feira (16) a PF tenta pela segunda ver ouvir Daniel Dantas. Na semana passada, ele não respondeu as perguntas também por orientação da defesa, que alegou falta de tempo para ler os autos do inquérito. O advogado de Dantas, Nélio Machado, disse nesta terça que o banqueiro vai depor. Mas pode não responder a todas perguntas. "Ele vai responder as indagações que correspondam a alguma coisa que tenha razoabilidade, ele não vai entrar no caminho de discutir a absurdeza, o dispropósito," disse. E negou qualquer participação de seu cliente no episódio de suborno a um delegado federal. "Jamais fez recomendação nesse sentido, estou tranqüilo em relação a este episódio," garantiu o advogado.

Operação
A Operação Satiagraha foi deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira da semana passada (8). Foram presos o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas. Eles são acusados de crimes financeiros e de desvio de verbas públicas. No mesmo dia, a polícia também cumpriu 17 mandados de prisão em quatro cidades e 58 ordens de busca e apreensão. Dantas foi solto na quinta-feira (10), depois de um habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mas foi preso novamente no mesmo dia. Pitta e Nahas foram soltos na sexta-feira (11). O banqueiro obteve outro habeas corpus e saiu da carceragem da Polícia Federal também na sexta.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Tarso Genro e Gilmar Mendes dão entrevista coletiva

Após reunião com Lula, o ministro da Justiça disse que começa um novo ciclo voltado para o trabalho e para propostas com STF. Já Gilmar Mendes afirmou que o entendimento foi selado com o presidente.



Gravações mostram relação de Daniel Dantas com Naji Nahas

A PF fez gravações de telefonemas de Daniel Dantas com Humberto Braz, onde revela o temor do banqueiro em ter seu nome relacionado ao de Naji Nahas. Os dois estão sendo investigados por corrupção.

Homem morre após operação desastrada da PM do Rio

Luiz Carlos da Costa foi sequestrado por um bandido em São Cristóvão. Dois PMs perceberam e trocaram tiros. O administrador morreu após ser baleado. A ação causou polêmica entre autoridades.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

A reunião do G8 e o papel dos países emergentes

O programa debate o encontro que reuniu o G8 - conhecido como o grupo dos países mais ricos do mundo, além da Rússia -, com outros cinco países emergentes, o G5, que inclui o Brasil.

Coordenação política do governo avaliará caso Daniel Dantas

Depoimento de Daniel Dantas está marcado para próxima quarta-feira na sede da Polícia Federal em São Paulo. Ele é acusado de envolvimento em crimes financeiros.



domingo, 13 de julho de 2008

O Turismo no Tocantins

A maior atração do estado é a Ilha do Bananal, maior ilha fluvial do mundo, formada por uma bifurcação do rio Araguaia. Reserva ambiental desde 1959, com área total de 2.000.001 hectares, seu território pertence integralmente ao estado. Abriga numerosos rios e a maior lagoa do Brasil, a Lagoa Grande, que oferece pesca abundante. Na estação chuvosa (setembro a março), aproximadamente 80% do território fica alagado, formando pantanais. Abriga ainda o Parque Indígena do Araguaia, com 1.437.689 hectares de área, administrado pela FUNAI e o Parque Nacional do Araguaia, com área aproximada de 460.000 e administrado pelo IBAMA. Tocantins conta ainda com o Complexo Turístico do Araguaia, que abriga um pólo eco-turístico com 89.150,95 hectares. O estado possui quatro regiões turísticas e todas com potencial para o eco-turismo. São elas:

Região Turística de Palmas
Suas serras e o rio Tocantins oferecem praias e cachoeiras. Abrangem os municípios de Palmas, Lajeado, Miracema do Tocantins, Monte do Carmo, Paraíso do Tocantins e Porto Nacional. Região Turística do Bico – Situada entre os rios Araguaia e Tocantins, oferece belas praias e vegetação povoada por pássaros e animais silvestres. Abrange os municípios de Araguaína, Araguanã, Araguatins, Tocantinópolis e Xambioá. Região Turística dos Lagos – Região de praia às margens do rio Araguaia, propícia à pesca esportiva, aos passeios náuticos e às caminhadas ecológicas. Abrange os municípios de Araguacema, Caseara, Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão. Região Turística das Termas e Gerais – Região montanhosa, de serras e morros com inúmeros rios de águas cristalinas, com quedas d´água, cavernas e formações exóticas.
Foi colonizada por bandeirantes, aventureiros e missionários religiosos, responsáveis pelo que hoje se tem de patrimônio histórico. Abrange os municípios de Arraias, Dianópolis, Gurupi, Jaú do Tocantins, Lizarda, Natividade (Capital Cultural do Estado), Paraná, Peixe, Ponte Alta do Tocantins, São Valério e Taguatinga do Tocantins. Rio Tocantins - Um dos mais importantes rios do Brasil, que, junto com o Rio Araguaia, formam a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro, com uma área superior a 800.000 km². Na época da seca oferece praias muito freqüentadas. Praia da Gaivota e Praia do Meio.
Duas das maiores praias tocantinenses, localizadas em Araguacema, distante 265 km da capital. Cartão-postal da cidade, é a mais movimentada com infra-estrutura na temporada. A Praia do Meio é ideal para turistas em busca de sossego. Praia de Palmas: Graciosa, Prata, Arnos, Caju e a Ilha do Canela – Praias formadas pelo lago da Usina do Lajeado, com boas infra-estruturas de bares, flutuantes, quadras de esportes e shows e muitos outros atrativos.
Lagoa da Confusão – A 206 km de Palmas, é própria para esportes aquáticos e abriga diversas pousadas confortáveis. Cachoeira do Roncador - Queda de 60m de altura que termina numa piscina natural com água cristalina e gelada. Acesso por trilha que margeia o Riacho Brejo da Lagoa, na Serra do Lajeado. Localização: Fica na estrada Aparecida do Rio Negro, km 36. Cachoeira Brejo da Lagoa - Queda de aproximadamente 60m de altura que termina numa piscina natural com água cristalina e gelada. Abriga um paredão de pedra que reflete a luz do sol, que ao encontrarem a piscina natural produzem cores como um caleidoscópio.

Rodrigão volta bem, e Brasil vence a França mais uma vez na Liga Mundial

Com Rodrigão e Giba em quadra, pela primeira vez a seleção masculina de vôlei entrou com o sexteto titular na Liga Mundial deste ano. Resultado: passeio do Brasil sobre a França por 3 sets a 0, parciais de 25/17, 25/21 e 25/19, em jogo disputado neste domingo, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). Além da terceira vitória brasileira sobre a França e a liderança isolada do Grupo A, a partida marcou também a despedida de Gustavo do público mineiro, ele que faz sua última participação em Liga Mundial.

Mais uma vez, os destaques do ataque brasileiro foram o ponteiro Dante e o oposto André Nascimento. Entretanto, Rodrigão surpreendeu, ao voltar com o mesmo ritmo de suas últimas apresentações, apesar de ter ficado fora das quadras por quatro meses após uma cirurgia no joelho.

Estou muito contente com essa participação. Agradeço a todos que participaram desta minha recuperação - festejou Rodrigão logo depois do jogo, em entrevista à Rede Globo.

O Brasil volta à quadra nos próximos dia 18 e 19, em Goiânia (GO), para as duas últimas partidas desta primeira fase, contra a Venezuela. Depois, de 23 a 27, a seleção vai para o Rio de Janeiro, onde disputará a fase final, em busca da oitavo título da Liga.

O jogo

Ao contrário de sábado, neste domingo, o Brasil entrou arrasador e soube aproveitar bem os erros dos franceses. Apesar dos quatro meses longe de quadra, Rodrigão retornou muito bem ao grupo, virando no meio e com boa movimentação. Em sua segunda partida após a torção no tornozelo, Giba também se mostrou melhor, virando mesmo as bolas de fundo, uma deficiência no sábado. Como na partida anterior, André Nascimento voltou a ser o principal nome do Brasil no ataque, fazendo cinco pontos no primeiro set, um deles, de bloqueio, para fechar a primeira parcial em tranqüilos 25/17.

A seleção de Bernardinho manteve o bom momento no retorno em quadra para o segundo set. Entretanto, os sucessivos erros de arbitragem tiraram a concentração da seleção em quadra, que cedeu o empate e a virada à França em 12/11. Um dos mais experientes em quadra, coube a Gustavo chamar a atenção do grupo, que voltou a imprimir seu ritmo, mantendo a partida equilibrada até 21 a 21. Foi quando brilhou a estrela do capitão Giba, que com uma seqüência de quatro saques fechou em 25 a 21. Destaque para Dante, maior pontuador da parcial com 7 acertos, que após pedir para Giba forçar o último saque, virou uma linda bola de ponta levantada pelo próprio capitão.

Com 2 a 0 no placar, o Brasil diminuiu o ritmo na última parcial e permitiu que a França abrisse uma vantagem, logo recuperada após três erros de ataque seguidos dos europeus. Com calma, a seleção de Bernardinho foi construindo o placar. Giba e Rodrigão mostravam que estão de volta ao grupo praticamente no mesmo nível de quando saíram. Principalmente o meio-de-rede, que chegou a cobrir um erro de defesa brasileiro defendendo com o pé. E como se fosse um prêmio pelo seu bom retorno à seleção, Rodrigão fechou o terceiro set em 25/19 com uma bola de meio levantada por Bruninho.

BRASIL X FRANÇA (25/17, 25/21 e 25/19)

BRASIL: Marcelinho, Giba, André Nascimento, Anderson, Gustavo, Rodrigão, Dante e Serginho (líbero)

FRANÇA: Sol, Moreau, Samica, Tolar, Le Marrec, Tuai e Rowlandson (líbero)