sábado, 19 de dezembro de 2009

Cúpula de Copenhague chega a acordo, mas sem unanimidade



Presidência anunciou ter 'tomado nota do acordo'.
Acordo foi duramente criticado por países como Venezuela, Cuba e Sudão.

Sábado, 19/12/2009

Depois de 15 dias de negociações e debates, representantes de mais de 190 países fecharam um acordo, mesmo sem unanimidade. A proposta limita o aumento da temperatura da Terra em 2º C.

O acordo de Copenhague contra o aquecimento climático, validado neste sábado, é uma etapa essencial para um futuro pacto, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. A ONU recorreu a esta fórmula para tornar operacional o acordo, que foi duramente criticado como ilegítimo por países como Venezuela, Nicarágua, Cuba, Bolívia e Sudão.
Como Obama, muitos países admitiram que o conteúdo do texto alcançado é insuficiente, mas aceitaram o documento como uma forma de fazer avançar na negociações, tirando o processo do estancamento.

"Um passo à frente é muito melhor do que um passo atrás", afirmou o representante da Noruega.

Frustração

Antes do anúncio do acordo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confessou sua frustração em relação às negociações e garantiu que o Brasil está disposto a fazer sacrifícios para financiar os países pobres.

"Vou dizer isso com franqueza e em público, o que não disse ainda em meu próprio país, que sequer disse a minha equipe aqui, que não foi apresentado nem diante de meu Congresso. Se for necessário fazer mais sacrifícios, o Brasil está disposto a colocar dinheiro para ajudar os outros países".

Lula condicionou a contribuição a um sucesso concreto em Copenhague: "Estamos dispostos a participar nos mecanismos financeiros se alcançarmos um acordo sobre uma proposta final nesta conferência".

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