Após bater na trave nos Jogos de Atenas, Natália Falavigna conquistou neste sábado a primeira medalha olímpica para o taekwondo brasileiro. Na disputa pelo bronze, Natália derrotou a sueca Karolina Kedzierska por 5 a 2, na categoria acima de 67kg. A outra medalha de bronze do peso foi para a britânica Sarah Stevenson, que passou pela egípcia Noha Abd Rabo por 5 a 1.
Coincidentemente, o ginásio de Ciência e Tecnologia foi o mesmo que recebeu o judô e que teve Ketleyn Quadros ga
nhando a primeira medalha de uma brasileira em esportes individuais na história dos Jogos. Muito emocionada, Natália começou a chorar logo após o fim de luta e olhava para o céu, agradecendo a medalha sonhada. Em seguida, a paranaense foi até seu técnico para abraçá-lo e depois voltar ao tatame, desta vez com uma bandeira do Brasil. Extravasando a tensão, Natália batia no peito, dizendo: "é meu". Do lado de fora, o treinador Fernando Madureira ajoelhava, agradecendo a conquista que ficou muito próxima em Atenas, quando Natália terminou em quarto. No ataque para pegar a medalha. Ao contrário da semifinal, Natália Falavigna voltou para esta disputa de bronze com uma postura muito mais ofensiva. E como nas primeiras lutas, a brasileira saiu na frente, abrindo 2 a 0 no primeiro minuto de luta. Movimentado-se com desenvoltura e chutando bem, Natália manteve a vantagem até o intervalo. Enquanto conversava com o técnico Fernando Madureira, Natália mostrava o olhar determinado de quem não deixaria se repetir o drama de Atenas. E a determinação do olhar se transformava em vontade dentro do tatame, com a brasileira partindo para cim
a logo na volta do segundo round. Controlando as ações, Natália não deixava sua adversária lutar e partia para cima, conseguindo mais uma boa parcial, fazendo 2 a 1 e somando 4 a 1 no placar geral. Com uma boa vantagem, a brasileira tratou de controlar o ritmo do confronto e passou a lutar no contra-ataque. A boa movimentação de Natália dificultava as ações da sueca e, do lado de fora do tatame, o técnico Fernando Madureira ia dando instruções para a brasileira ter calma na luta. Natália precisava fazer passarem os dois minutos de round e foi o que fez, conseguindo ainda mais um ponto, contra outro de Karolina, para sair vibrando, e chorando, com mais uma conquista inédita para o esporte brasileiro.
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Confira o quadro de medalhas geral
O jornalista Marcelo Barreto fala de Olimpíadas. Leia e comente!
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