
Segundo as projeções do PPA, após se elevar para 24,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, a carga deverá cair para 24,8% em 2009, voltará a ser de 24,9% em 2010 para só em 2011 chegar a 24,7% do PIB. O número não considera os tributos cobrados por estados e municípios, o que eleva a carga para quase 35% do PIB em 2006 (último dado).
Segundo o secretário-executivo do ministério do Planejamento, João Bernardo Bringel, a carga só não terá maior redução por causa da arrecadação previdenciária. O PPA estima que a arrecadação do INSS subirá de 5,7% do PIB em 2008 para 6,7% do PIB em 2011. Bringel explica essa elevação pelo aumento no volume de contribuições.
"Haverá mais formalização de empregos e aumento da massa salarial. Por isso, a arrecadação previdenciária distorce a carga agregada", disse.
Orçamento
"Em 2011, o Brasil será um país com mais inclusão, com uma estrutura de renda melhor e, principalmente, com maior acesso à educação", disse ontem (30) Paulo Bernardo.
Do total de gastos previstos, 28% serão destinados à área social, na qual se enquadram, por exemplo, os programas de educação e de saúde; outros 20% irão para a infra-estrutura, que corresponde a energia, transporte, saneamento, urbanismo e comunicações; e 36% serão investidos no setor produtivo, que inclui o desenvolvimento e a agricultura.
Paulo Bernardo informou ainda que a educação, cujo orçamento previsto é de R$ 163 bilhões, será uma das principais metas do plano. O governo incluiu no PPA o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que pretende qualificar a educação básica, reduzir a taxa de analfabetismo, ampliar a rede de escolas técnicas federais e democratizar o acesso ao ensino superior.
Outra estratégia de desenvolvimento do PPA é a agenda social, que envolve o programa Bolsa Família, a política nacional de juventude, as políticas de apoio à criança e ao adolescente, às questões de raça, gênero, cultura e reforma agrária.
Entenda
A elaboração do Plano Plurianual está na Constituição e vale tanto para o governo federal quanto para os estaduais. O plano deve estabelecer as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para os investimentos e definir os programas a serem tocados. Ele vale para o segundo ano de um mandato e entra pelo primeiro ano do governo seguinte.














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