quarta-feira, 28 de novembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
O lipoaspirador de defeitos terrestres

Dia após dia, deglutimos toneladas de notícias sobre as possibilidades inauditas da nossa tecnociência. Novos caminhos que provocam tanta admiração como espanto: cada vez mais, os humanos somos capazes de criar ou alterar profundamente a vida. Porém, as reflexões sobre o assunto não são novas, elas remontam à mais longínqua Antiguidade.
A mitologia grega, por exemplo, conta a história do escultor Pigmalião, que se apaixonara por uma belíssima estátua, com a qual acabou casando, numa união que se revelara mais “feliz” do que jamais teria sido possível com qualquer mulher de carne e osso. Já outro criador de seres quase-humanos, o famoso Dr. Frankenstein, como sabemos, não teve a mesma sorte com sua criatura...
Hoje, quase 200 anos depois do nascimento daquele monstro gótico engendrado na literatura, vale a pena pensar na persistente atualidade dessa lenda. Se tivesse que ressuscitar nestes alvores do século XXI, aquele ser imaginado em 1818 pela escritora britânica Mary Shelley seria bastante diferente. Em vez dos fragmentos de cadáveres mal costurados e do choque elétrico que lhe deu o inefável sopro vital, é provável que entrassem em cena dois novos fatores: o cálculo informático e o instrumental da biotecnologia. E também, é claro, a precisão e elegância dos bisturis estéticos.
Pois nas mãos dos cientistas-escultores da atualidade, aquelas rudezas analógicas da era industrial foram claramente superadas. Sejam engenheiros geneticistas ou cirurgiões plásticos, sua assepsia e exatidão parecem inspirar-se na lógica digital. Por isso, as criaturas produzidas pelos cientistas de hoje em dia iludem com sua ambigüidade, dificultando a diferenciação entre o que é natural e o que é artificial.
Basta lembrar dos protagonistas de filmes mais recentes de ficção científica: longe do mostrengo frankensteiniano, sua qualidade não-humana é impossível de ser identificada a olho nu. O personagem interpretado por Harrison Ford no filme “Blade Runner”, por exemplo, era uma espécie de policial especializado na caça aos andróides, que recorria a uma série de testes psicológicos e questionários, utilizando um conjunto de aparelhos mecânicos para medir a dilatação do íris ocular e outros sinais corporais. Tudo isto para saber se tal criatura era um ser humano ou um “replicante”; ou seja, um ser artificial, fruto da engenharia genética e da programação informática.
Mas todas essas artimanhas de raiz analógica resultam ineficazes para detectar a condição não-humana dos seres híbridos mais avançados: esses instrumentos ficaram obsoletos. Algo semelhante ocorre em outros filmes deste tipo, tais como “Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg, e a saga “Matrix”. Eles são igualzinhos a nós -ou, então, são bem melhores do que nós.
As cicatrizes dos novos “monstros”, que poderiam revelar os rastros da intervenção tecnocientífica em seus corpos, são bem mais sutis das que delatavam a grotesca artificialidade daquele ser inventado nos inícios do século XIX. Agora essas marcas se tornam imperceptíveis, convertendo inclusive as novas criaturas híbridas ou tecno-humanas em seres menos “monstruosos” que os originais pré-tecnologizados. Ou seja: nós, ou pelo menos alguns de nós.
Um dos médicos que participaram na cirurgia do primeiro transplante de rosto, por exemplo, realizada na França no final de 2005, referiu-se à condição da paciente no estado prévio à intervenção como “monstruosa”, enquanto a operação teria lhe devolvido sua condição “humana”.
Salvando as distâncias, é o que pretende provar Cindy Jackson, autora de dois livros de sucesso e também do seu próprio corpo, inspirado nas “boas formas” da boneca Barbie. Após várias dezenas de cirurgias plásticas, essa mulher de origem inglesa conseguiu efetuar uma transformação radical em seu corpo e sua subjetividade: agora sim, ela se considera bela. Semelhante é o caso da vencedora do concurso Miss Brasil de 2001, que admitiu ter se submetido a 19 cirurgias estéticas: lipoaspirações e silicone, além de várias correções no rosto.
Trata-se de versões extremas de uma tendência que está se popularizando velozmente em todo o mundo. No Brasil, aliás, o mercado da cirurgia plástica cresce a um ritmo de 20% por ano. Com mais de 600 mil intervenções por ano, o país ocupa o segundo lugar no mundo, somente ultrapassado pelos Estados Unidos. Os procedimentos mais solicitados são as lipoaspirações em diversas partes do corpo e o implante de silicone nos seios. Em seguida vêm os retoques na face, como as modificações na forma do nariz e na pele das pálpebras.
Conforme o imaginário atual, porém, essa renomada especialidade médica não parece mais operar com bisturis e tesouras, que fazem cortes na carne e deixam dolorosas cicatrizes no pós-operatório. “Quanto mais civilizada for a sociedade que ministra dor, tanto mais ela irá ocultar o fundamento da crueldade na qual essa dor se sustenta”, explica Enrique Ocaña, autor de diversos estudos sobre a relação entre técnica e dor. O ensaísta espanhol ainda recorre a um texto escrito em 1836 por John Stuart Mill, um dos pais da sociologia, lembrando que “cirurgiões, juízes e soldados mantêm relações de parentesco com o carrasco e o açougueiro”
1.
Mas a tarefa da “civilização” consiste em ocultar tais afinidades. Assim, enquanto os resultados almejados nos rostos e corpos dos pacientes são notoriamente exibidos, costumam esconder-se os procedimentos (sujos e penosos) que levam a atingi-los. Mostra-se apenas a reluzente “versão final”, o resultado como uma bela imagem, enquanto os rudes métodos são discretamente silenciados.
Portanto, a cirurgia plástica é “vendida” como uma técnica não apenas onipotente e quase mágica, mas também asséptica e virtualmente indolor. Quase digital, como se em vez de operar com instrumentos de metal afiado que rasgam a pele e dilaceram a carne, os profissionais desta área trabalhassem apenas sobre a mais etérea imagem corporal, utilizando dóceis ferramentas de software de design como o popular PhotoShop.
De fato, a palavra cirurgião tem uma origem curiosa: provém do latim “chirurgia”, por sua vez tomado do grego “kheirurgia”, cuja etimologia remete ao trabalho manual ou à prática de um ofício: “kheir” (mão) e “érgon” (trabalho). Essas raízes revelam um lado esquecido dessa prática: desde a Antiguidade até alguns séculos atrás, a tarefa do cirurgião não era muito valorizada. Até o Renascimento, inclusive, os médicos costumavam deixar esse “trabalho sujo” aos cuidados dos açougueiros ou dos barbeiros.
Se pensarmos no auge atual das cirurgias plásticas e no crescente prestígio e fortuna de seus executores, surge uma ironia: hoje cirurgiões e cabeleireiros tornam a se aproximar, como profissionais bem cotados a serviço desse recurso tão prezado: a beleza física.
Há uma enorme diferença, porém, com o que ocorria antigamente: sua qualidade de “trabalho sujo” foi abafada, e sua boa reputação não cessa de aumentar. Ou, pelo menos, seus orgulhosos representantes teimam em remanescer o mais longe possível da pavorosa figura do açougueiro. De fato, conseguem-no: aquela imagem ensangüentada foi asseada e glamourizada. Assim, os cirurgiões estéticos de nossos dias se afastam do Dr. Frankenstein... enquanto se aproximam inquietantemente de Pigmalião.
“O Moderno Prometeu”: eis o subtítulo da célebre história do monstro criado em laboratório pelo personagem de Mary Shelley. Pois a fábula recriava a tragédia desse outro herói mítico grego: o titã que foi duramente punido pelos deuses por ter feito aquilo que não devia, por ter usurpado as prerrogativas divinas, revelando aos homens os segredos do fogo.
Não é por acaso: o relato gótico foi escrito em meio às experimentações científicas que proliferavam nos inícios do século XIX, junto aos debates suscitados pela descoberta da eletricidade, e pelas potências vitalistas que esse novo tipo de energia poderia trazer, incluindo a possibilidade de ressuscitar os mortos e de reacender a indizível “faísca da vida”
2.
Nas páginas do romance, porém, o médico-criador se arrepende e confessa o estranho impulso que alimentara seu projeto desmesurado. “Com uma paciência incontida e constante, eu perscrutava a natureza em seus lugares ocultos”, relata um Dr. Frankenstein humilhado pelo fracasso da sua audaciosa empreitada -ou por seu terrível sucesso. “Recolhia ossos nos necrotérios e perturbava, com dedos profanos, os segredos tremendos da estrutura humana.” E logo se pergunta: “Quem poderia imaginar os horrores de meus trabalhos secretos, enquanto eu profanava sepulturas frescas ou torturava animais vivos para animar o barro inerte?”
3.
Mas já era tarde; como se sabe, o castigo não demoraria a chegar. A conclusão é tão óbvia como prometéica: os conhecimentos e as técnicas dos homens não são todo-poderosos; seus “dedos profanos” não podem perturbar todos os âmbitos, pois há limites que devem ser respeitados. Mas os cirurgiões plásticos de nossos dias, ao que parece, perderam os temores aos castigos divinos. Por isso, esses personagens tão contemporâneos encarnam a versão mais atual de outro mítico doutor: Fausto, aquele que é capaz de compactuar com o mesmíssimo Diabo para “ir além”, sem medir e nem temer as possíveis conseqüências.
Paradoxalmente (ou não), já se foram os tempos em que a beleza era um dom divino e sua falta uma maldição, um lamentável castigo dos deuses que exigia a mera resignação. Ou, no máximo, levava a exercer as discretas artes da dissimulação cosmética.
Foram-se embora, também, os tempos em que os primeiros “cirurgiões da beleza”, verdadeiros pioneiros desta especialidade hoje triunfal, eram desprezados por seus colegas devido à “futilidade” de suas metas. Há mais de um século, esses médicos eram acusados com o apelativo de “quack”, ou “charlatães”, bem diferentes dos cirurgiões plásticos “sérios”, aqueles dedicados à “restauração de funções” danificadas por acidentes ou malformações congênitas
4.
Assim como a eugenia e as experiências genéticas, a cirurgia plástica também possui um passado dúbio. Vínculos ancestrais ligam a origem dessa especialidade médica, no final do século XIX, à “correção” de traços faciais considerados inferiores, como as intervenções que permitiam “restaurar” narizes e orelhas associados ao fenótipo judeu.
Hoje a cirurgia plástica se populariza em todos os cantos do planeta globalizado, embora sua incidência seja inusitada nos países asiáticos. A Coréia do Sul, por exemplo, registra a média mundial mais alta desses cirurgiões por habitante.
Nessas regiões do mundo, fazem sucesso as técnicas que prometem eliminar os traços tipicamente orientais, a fim de “ocidentalizar” as aparências, tais como o formato dos olhos e dos pômulos. Refletindo essas tendências, foi lançado na China um concurso de beleza exclusivo para mulheres “ocidentalizadas” dessa maneira.
Impossível não remeter, então, à velha eugenia nazista? Apesar das inquietantes semelhanças, há uma diferença fundamental: hoje todas as aberrações que conspiram contra o “corpo perfeito” parecem ter possibilidade de cura.
Através das cirurgias plásticas e de outras técnicas à venda, é possível eliminá-las, retocá-las, lipoaspirá-las. Portanto, diferentemente do que postulavam as teorias eugênicas da primeira metade do século XX, hoje a condenação não é fatal e tampouco deve ser contornada mediante políticas públicas nacionais.
Nesta nova “eugenia soft”, a salvação depende de cada um. E é um negócio extremamente lucrativo, embora pareça alicerçado em bases ilusórias: já na década de 1980, a indústria de produtos de beleza investia em publicidade até 80% do seu orçamento, cifra que não cessa de aumentar junto com a expansão dos mercados e das margens de lucros.
Nesse quadro, não surpreende que programas de edição gráfica como o PhotoShop desempenhem um papel cada vez mais primordial na construção das fotografias midiáticas que expõem “corpos belos”. Tais técnicas oferecem às imagens corporais tudo o que a ingrata Natureza costuma escamotear aos organismos vivos, e que as duras práticas analógicas (dietas, musculação, cosméticos) ainda insistem em lhes negar:.
Com esses bisturis de software, todos os “defeitos” e outros detalhes demasiadamente orgânicos são eliminados dos corpos fotografados: com um clique do mouse, corrigem-se na tela do computador. Assim, as imagens expostas aderem a um ideal de pureza digital, longe de toda imperfeição brutalmente analógica.
Mas esse modelo digitalizado logo extrapola as telas para impregnar os corpos e as subjetividades -torna-se, então, um padrão digitalizante. Pois as imagens assim editadas se convertem em objetos de desejo a serem reproduzidos na própria carne.
domingo, 25 de novembro de 2007
China mostra abóboras gigantes
Mãe que fuma na gravidez pode deixar de ser vovó

Estudo revela que cigarro afeta fertilidade do bebê, se for uma menina. Resultado comprova, mais uma vez, os malesdo tabagismo na gestação.
Cientistas canadenses descobriram mais um problema causado pelo fumo durante a gravidez e a amamentação, especialmente perverso porque só surge décadas depois do nascimento do bebê. Segundo o grupo, mães fumantes grávidas de meninas afetam a fertilidade das filhas.
Entenda os males que o cigarro causa durante a gravidez
Em um estudo com camundongos, Andréa Jurisicova e seus colegas da Universidade de Toronto observaram que as toxinas do cigarro absorvidas pelas bebês afetam a formação de seus óvulos (as mulheres, como a maioria das fêmeas de mamíferos, nascem com todos os óvulos que terão disponíveis por sua vida). O cigarro ativa excessivamente uma proteína que faz as células que formarão os óvulos morrerem.
Para o médico brasileiro, Ciro Qirchenchtejn, da Unifesp, que coordena o Centro de Tratamento HelpFumo, a notícia é surpreendente. “São efeitos do fumo que só vão surgir vinte, trinta anos depois do nascimento da criança”, afirmou ele ao G1.
O médico lembra que o cigarro também afeta a fertilidade da mulher que é exposta ao fumo apenas na vida adulta. E o mesmo é válido para o homem. “A primeira coisa que alguém vai falar para um casal que fuma em uma clínica de fertilidade é: parem”, explica o médico.
O cigarro envelhece os ovários e antecipa a menopausa em cerca de três ou quatro anos. O problema afeta principalmente aquelas mulheres que deixaram para ter filho mais tarde, para priorizar a vida profissional. Além disso, as toxinas do cigarro tem um efeito “antiestrogênico”, ou seja, impedem a ação do hormônio feminino. “Toda a feminilidade da mulher é alterada pela presença do cigarro”, diz Qirchenchtejn.
Brasil toma as rédeas da América Latina com petróleo, diz 'El País'
"Nem o petróleo da Venezuela nem o gás da Bolívia. Com dois anúncios quase simultâneos, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva colocou o Brasil como a principal potência energética da América Latina no médio prazo tanto na visão de seus vizinhos quanto nos investimentos internacionais", afirma o jornal.
Segundo a reportagem, esses dois anúncios se referem à descoberta do novo campo de Tupi, na Bacia de Santos, e à retirada do Brasil de um projeto conjunto de gás na Venezuela.
O jornal afirma que "o Brasil nunca escondeu que considera a América do Sul sua área de influência estratégica, e os acontecimentos ocorridos nos últimos dois anos em torno de projetos populistas em países da região, como Venezuela e Bolívia, haviam soado os alarmes no Executivo e na diplomacia brasileira".
O artigo argumenta que essa preocupação não vinha tanto pelo caráter político dos governos dos dois países, mas sim pela "dependência energética em que estava se afundando".
"Por isso não é de se estranhar que nesta semana Lula declarasse eufórico que 'está comprovado que Deus é brasileiro' ao comentar a descoberta das reservas de petróleo que não somente consagram a já conseguida, em 2006, auto-suficiência petrolífera do país, como o convertem em um exportador em potencial", diz o jornal.
A reportagem conclui dizendo que a nova condição brasileira e a retirada da Petrobras de um projeto de extração de gás considerado importante para a construção do gasoduto da América do Sul, proposto por Chávez, podem levar a atritos nas relações entre os dois países.
"O governo de Lula é amistoso em suas formas com seu homólogo venezuelano, mas a ninguém se escapa que ambos perseguem o objetivo de se converter em referência energética regional e estão em rumo de colisão, que cedo ou tarde ocorrerá", afirma o jornal.
"Lula e Chávez têm prevista uma reunião em dezembro, em uma cúpula trimestral ordinária, para tratar de energia. Lula chegará ao encontro em uma posição muito diferente e de muito mais força que no passado", finaliza o texto.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Petrobras sobe do 9º para o 5º lugar entre maiores empresas do continente

Em valor, estatal fica atrás apenas da Exxon Mobil, General Electric, Microsoft e AT&T.
Segundo cálculos divulgados nesta sexta-feira (9) pela empresa de consultoria Economática, o valor de mercado da Petrobras no fechamento da quinta (8) chegou a US$ 221,9 bilhões, fazendo com que a empresa saltasse do nono para o quinto lugar entre as
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
MPF apura denúncia de negligência a índio
Tocantinópolis - Indígenas acusam Hospital Municipal José Saboya de ter se recusado a atender Elias Apinajé
Cláudia SantosPalmas
Lideranças indígenas Apinajé denunciaram ao Ministério Público Federal (MPF) um caso de negligência do Hospital Municipal José Saboya, em Tocantinópolis, a 531 quilômetros de Palmas, que teria se recusado a atender o índio Elias Apinajé, da aldeia São José. O documento, protocolado na última sexta-feira, pede também que seja apurada a causa das lesões corporais que levaram lideranças da aldeia a buscarem socorro para o indígena.
De acordo com a denúncia, o hospital municipal se recusou a socorrer Elias, alegando que ele estava alcoolizado. Por volta da meia-noite do dia 19 de outubro, o paciente ainda não tinha sido medicado e, segundo o documento, a polícia foi chamada para retirá-lo do hospital. O paciente só veio ser atendido por volta das 8 horas da manhã e, em seguida, foi encaminhado para Araguaína. Ontem à tarde o Jornal do Tocantins entrou em contato com o Hospital de Referência e com o Dom Orione para saber sobre o estado de saúde do paciente, mas a informação foi a de que ele não estava em nenhuma das unidades.
Sobre as lesões corporais, o documento informa que Elias Apinajé foi encontrado caído com vários ferimentos, em 19 de outubro, na antiga estrada Transamazônica, próximo à aldeia São José. A bicicleta que ele usava estava intacta, mas havia marcas de pneus de moto próximas à vítima. De acordo com a denúncia, as lideranças indígenas suspeitam que houve um atentado criminoso contra Elias.
No dia em que foi protocolada a denúncia, a procuradora da República, Viviane de Araújo, solicitou ao diretor do hospital municipal de Tocantinópolis esclarecimentos sobre o que aconteceu . Este tem o prazo de dez dias úteis, a partir do recebimento do ofício, para responder.
O diretor administrativo do Hospital Municipal José Saboya, Osvaldo Ferreira Araújo, informou ao Jornal do Tocantins que José Elias foi atendido por volta das 22 horas do dia 19. Ele disse que tem documentos do hospital que podem comprovar a afirmação. Maria Isaura da Costa, membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), disse que a entidade está buscando informações sobre assunto junto à família de Elias e lideranças da aldeia.














